Record (Portugal)

ADN CLÁSSICO PROCURA-SE

Dragões sob pressão para reentrar na luta pelo título numa época em que somaram derrotas em todos os duelos com rivais

- TUDO OU NADA JOSÉ MIGUEL MACHADO E RUI SOUSA

Se há traço identitári­o do FC Porto desde que Sérgio Conceição assumiu os destinos da equipa, no verão de 2017, é a força que habitualme­nte mostra nos duelos de maior grau de dificuldad­e, sobretudo a nível nacional. Porém, este ADN clássico que os dragões costumavam impor nos jogos diante de Benfica e Sporting perdeu-se algures entre a última época e a atual, conforme se percebe pelas três derrotas em outros tantos confrontos frente aos dois principais rivais em 2023/24.

Posto isto, a missão para amanhã é clara: recuperar a tendência verificada ao longo das seis temporadas anteriores e, com isso, reentrar nas contas do título, que podem ficar ainda mais comprometi­das em caso de empate ou derrota na receção ao Benfica, uma vez que a desvantage­m para o topo pode passar para os 12 pontos quando ficarão a faltar apenas 10 jornadas para o final da Liga Betclic.

Uma coisa é certa, 2023/24 já se tornou na época com mais desaires do FC Porto em clássicos na era Conceição, somando mais derrotas (três) do que na soma das quatro temporadas anteriores (duas). Ainda assim, o treinador dos dragões mantém um registo de 50 por cento de vitórias nos duelos contra os rivais, totalizand­o 20 sucessos nos 40 clássicos já realizados desde que assumiu o comando da equipa. Agora, urge recuperar a fórmula de sucesso, colocando um ponto final na sequência de três derrotas consecutiv­as frente a Benfica e Sporting. O encontro de amanhã será o terceiro diante das águias na atual temporada, sendo que nos dois anteriores, para a Supertaça e na 1ª volta do campeonato, os comandados de Roger Schmidt superioriz­aram-se por 2-0 em Aveiro e por 1-0 na Luz, dois jogos em que o FC Porto acabou reduzido a 10 elementos.

Controlar as emoções pode ser igualmente decisivo para os dragões, que também perderam em Alvalade por 2-0 num duelo marcado pela expulsão de Pepe no arranque da 2ª parte, quando o marcador ainda estava pela margem mínima.

SÉRGIO CONCEIÇÃO AINDA SOMA 50 POR CENTO DE VITÓRIAS NOS JOGOS GRANDES, MAS PECÚLIO RECENTE TEM SIDO NEGATIVO

Champions como exemplo

Se os jogos grandes em Portugal têm sido para esquecer para o FC Porto, o cenário é bem diferente quando se fala da Liga dos Campeões. Aí, os dragões têm passado com distinção, com a memória fresca do recente triunfo diante do Arsenal. A ideia de Conceição é que seja essa a inspiração para amanhã.

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MISSÃO. Treinador espera recuperar a tendência de bater os rivais
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