“Roçámos a perfeição, foi uma vitória justa”
Técnico portista diz que a equipa interpretou o plano na perfeição, deu os parabéns aos jogadores e ao público no Dragão
– Pode dizer-se que foi uma noite perfeita para o FC Porto?
– O mérito é dos jogadores. Dentro dos diferentes momentos, com ou sem bola, interpretaram na perfeição o que tinham a fazer. Roçámos a perfeição, fizemos um jogo muitíssimo bom. Parabéns aos jogadores e ao público, porque tivemos uma noite cheia de entusiasmo, de paixão e isso também é de louvar.
– Esta vitória soube a muito ou soube a pouco, devido à classificação?
– Fico muito satisfeito por ter sido uma vitória tão expressiva sobre o rival que, até agora, tinha a melhor defesa do campeonato. Ao mesmo tempo, o sabor é amargo, porque temos essa diferença a nível pontual e a diferença de qualidade não é assim tão grande. Isto tem a ver com a nossa culpa, a falta de mentalidade para perceber que jogar em Barcelos ou aqui com o Benfica os níveis têm de estar no máximo. Não é fácil, porque o grupo de trabalho é jovem e está em evolução. Agora tiveram uma noite muitíssimo boa e merecem os parabéns. Continuamos a trabalhar na procura da solidez e da continuidade que vão ser importantes nas provas que estamos inseridos, as internas e a Liga dos Campeões.
– Está melhor [da febre alta]?
– Não estou muito bem...
– A diferença de mentalidade entre as duas equipas poderá ter sido chave?
– Não posso falar do Benfica, não sei a forma como o seu treinador preparou o jogo. Posso falar da nossa preparação, na qual estivemos muito focados, sobretudo através do vídeo para perceber onde pressionar o adversário, perceber os seus pontos fortes e, com humildade, trabalhar nesse sentido e explorar o que podíamos explorar. Tenho pena que os jogadores não possam meter sempre cá fora o trabalho diário e que, por isso, possamos ter resultados que não condizem com qualidade do plantel.
“O ARSENAL ERA FRACO. AGORA VÃO DIZER QUE O BENFICA FOI MAU. HÁ QUE DAR MÉRITO AOS JOGADORES”
– Quatro dos cinco golos foram marcados por brasileiros...
– O Galeno é português, tem passaporte português... Eu não olho a nacionalidades.
– A atenção ao pormenor fez a diferença?
“SE FOI O MEU JOGO MAIS PERFEITO? TODOS OS JOGOS QUE ME DERAM TÍTULOS SÃO PERFEITOS”
– Acho que sim. É nos pequenos detalhes que essa diferença aparece. Hoje roçámos a perfeição, mas houve uma ou outra situação em que não tivemos tão bem. Mas não foi preciso retificar ao intervalo, foi uma vitória completamente justa.
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