INVESTIGAM ALVOS COMO A POLÍCIA
Responsável pelas diligências no processo que está a ser julgado alerta para realidade
Matrículas de carros, contas de Instagram e fotografias, muitas fotografias. Os arguidos no caso dos 13 casuals ligados aos No Name Boys investigam de uma maneira bastante “minuciosa” os seus alvos, sustentou o agente da PSP responsável pelas diligências neste processo. Na quarta sessão de julgamento, que decorreu ontem no Campus da Justiça, em Lisboa, a testemunha explicou como é que os indivíduos preparavam os ataques aos ofendidos. “Fazem uma investigação quase tão boa como a nossa”, afirmou.
O agente policial revelou vários dados que associam os arguidos
MATRÍCULAS DE CARROS, CONTAS DE INSTAGRAM E FOTOGRAFIAS ENCONTRADAS NOS TELEFONES DOS ARGUIDOS
ao local onde foram cometidos os crimes, entre os quais a violação de um jovem de 16 anos com um pau. Quer pelos movimentos dos indivíduos captados pelas câmaras de videovigilância do complexo do Estádio da Luz, quer por diversas fotografias encontradas nos telemóveis dos casuals, provas que mostram que estes conhecem perfeitamente as redondezas, quer por áudios trocados entre eles, por exemplo.
Os motivos para as agressões violentas, frisou ainda o agente da PSP, são claros e por demais evidentes. “Um dos lesados dava-se bem com adeptos do Sporting. Os arguidos sabiam disso, percebemos pelos dados encontrados nos telemóveis. Outro lesado foi abordado por ser muito interventivo e bastante exposto nas redes sociais”, explicou em tribunal.
Para este agente da PSP, também está claro que tanto os arguidos como os ofendidos fazem parte dos No Name Boys, grupo organizado de adeptos do Benfica, mas estes 13 elementos que estão a ser investigados integram um grupo de indivíduos mais “fervorosos”, conhecidos como casuals.
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