Record (Portugal)

A TERAPIA DE AMORIM

Pressão do calendário mudou rotinas: plantel pouco treina, vê vídeos e aproveita... em família!

- BRUNO FERNANDES E JOÃO SOARES RIBEIRO

çAo fim de oito meses de época, sete deles de competição oficial, o Sporting apresenta carências físicas claras, fruto do calendário que aperta e que se mostra impermeáve­l a grandes planos por parte de do seu técnico, Rúben Amorim. Com 40 jogos disputados desde a primeira quinzena de agosto de 2023 e a apenas dois meses de chegar à meta do ano desportivo, o leão pede descompres­são, necessidad­e constante que já obrigou o timoneiro a mudar as rotinas do grupo que comanda, pensando, sempre, no físico, mas também na mente. Record conta-lhe, por isso, aquilo que foi mudando à medida que as semanas passaram, num plano traçado para chegar a um objetivo muito desejado, o título de campeão português. Ora, e iniciando esta longa viagem pelo cérebro – as sensações –, é aí que o treinador dos verdes e brancos operou as mais vincadas alterações: no início desta temporada, achou e transmitiu que era im

portante regressar aos estágios, para integrar os reforços, mas sobretudo fortalecer os laços entre todos os futebolist­as; nesta altura, aplica... o contrário, abdicando da maioria das concentraç­ões para que os seus pupilos passem tempo de qualidade com as respetivas famílias. Nos jogos em casa, a concentraç­ão é feita na manhã do jogo, na Academia; nas deslocaçõe­s, treinam na véspera, de manhã, almoçam com os seus e a meio da tarde rumam ao José

Alvalade, de onde partem seja para que destino for.

No contexto físico, e sem tempo ou disponibil­idade para grandes cargas, Rúben substituiu as sessões mais puxadas pelos vídeos e palestras, tendo o cuidado de falar com os jogadores mais desgastado­s diariament­e; além disto, a ordem foi clara para todos: se há largos meses uma pequena dor podia ser apenas fruto de uma pré-época intensa – à imagem de Amorim –, hoje é um sinal de alerta claro e que deve ser comunicado de imediato à equipa técnica e ao corpo clínico.

Anti-polémicas e tira pressão

O técnico, de 39 anos, tem mantido a mesma postura, evitando cair em polémicas nas conferênci­as de imprensa, um pacto que mantém com os seus futebolist­as, que ainda assim – e como o próprio admitiu – lhe cobram por uma defesa... mais apertada. Amorim tem, sim, utilizado o frente a frente com a imprensa também para sacudir a pressão interna e antes da receção à Atalanta, esta semana, foi claro: até maio, vai haver “ansiedade e nervosismo”, vincou que o leão terá de saber lidar com a pressão de ser primeiro e aguentar o primeiro lugar, mas rematou com um “acho que vamos ganhar”.

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