REISINHO PINTOU UMA OBRA DE ARTE
Só alguém inspirado podia quebrar o gelo ao fim de apenas quatro minutos em campo
Uma autêntica obra de arte de Miguel Reisinho serviu para o Boavista ganhar ao Moreirense e dar um salto de gigante na tabela como se fosse mesmo uma pantera. Os axadrezados começaram o jogo no 14º lugar e acabaram no oitavo e só com este dado se percebe a importância desta vitória. Ainda por cima, quando tudo se decidiu num momento de profunda inspiração de um médio que tinha entrado quatro minutos antes, num lance em que Makouta também participa..., o que prova que houve aqui também dedo do treinador. O jogo, de resto, foi muito amarrado na sua globalidade com as duas equipas muito ciosas a cumprir à risca o plano tático e estratégico que tinham delineado. Neste caso, com um Boavista claramente sempre mais expectante, em bloco baixo que, no momento defensivo, desenhava-se num 5x2x3, procurando tapar os caminhos para a baliza de João Gonçalves. A ideia dos axadrezados era clara: aproveitar uma transição rápida para fazer mossa na defesa dos cónegos e isso aconteceu... O Moreirense, por outro lado, demorou algum tempo a perceber que a base para o sucesso tinha de ser com muita paciência na circulação da bola, mas os visitantes nunca conseguiram nesse momento ser rápidos o suficiente para desbloquear a boa organização do Boavista. Tudo isto misturado, já se percebeu, deu em pouco emoção e sem verdadeiras oportunidades de golo, servindo apenas para amostra um remate de Salvador Agra (10’) e outro de Castro (15’), que só assustaram, sendo que a primeira jogada digna do seu nome com finalização foi uma de Onyemaechi, que fugiu pela esquerda e serviu Bruno Lourenço na área, mas este rematou muito por cima. Isto precisamente aos 60 minutos! *