Record (Portugal)

“ADoP está a fazer o seu trabalho”

António Júlio Nunes diz que a World Athletics não tem razão para apontar o dedo à FPA

- ANA PAULA MARQUES ADoP

A ADoP saiu em defesa do controlo antidoping efetuado em Portugal, depois de ontem a Unidade de Integridad­e do Atletismo (AIU) da World Athletics ter recomendad­o um controlo mais intensific­ado e exigente fora de competição no que ao atletismo diz respeito. “Já respondemo­s por carta à federação internacio­nal a dar conta dos nossos procedimen­tos e que cabe à ADoP escolher a quem faz os controlos e quantas vezes. Enviámos uma tabela detalhada sobre esta atividade no atletismo, que inclui os controlos que têm sido feitos, não só aos atletas já com mínimos para os Jogos Olímpicos, como também a outros. Temos um lista de atletas alvos e muitos deles já têm três controlos feitos”, explicou a Record António Júlio Nunes, diretor executivo da Autoridade Antidopage­m de Portugal (ADoP). Este responsáve­l refere ter ficado “surpreendi­do” com a exigência da World Athletics. “Fala de uma lista que nós e a própria Federação Portuguesa (FAP) desconhece­mos”. António Júlio Nunes sublinha ainda que o procedimen­to que a ADoP tem tido em relação ao atletismo português estende-se “às outras modalidade­s já com atletas apurados” para os Jogos de Paris’2024. “Estamos a monotoriza­r todos, a ADoP está a fazer o seu trabalho. E é importante referir que Portugal não tem tido casos positivos em atletas olímpicos, pelo menos até ao momento, o que é bom sinal”. Acrescenta o diretor executivo da ADoP que “è importante referir que temos realizado dezenas de programas de informação junto dos atletas”. A Federação Internacio­nal de Atletismo (WA) exige que as federações de atletismo do Brasil, Equador, Peru e Portugal intensifiq­uem o controlo antidoping até aos Jogos Olímpicos de Paris, referindo que “nos 10 meses anteriores a 4 de julho de 2024, cada atleta tenha de ser submetido a pelo menos três controlos (de urina e sangue) fora de competição, incluindo um controlo para o passaporte biológico e outro de deteção de EPO em qualquer prova a partir dos 800 metros”. O nosso jornal procurou obter também uma reação de Jorge Vieira , presidente da FPA, que remeteu para hoje um eventual comentário.

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“FALA-SE DE UMA LISTA QUE NÓS E A PRÓPRIA FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO DESCONHECE ” ANTÓNIO JÚLIO NUNES,

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VISADO. Federação Internacio­nal de Atletismo aponta o dedo a Portugal
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