Record (Portugal)

“Que se inspirem na nossa vitória”

Mais de 63 anos depois do jogo com o Hearts (2-1), o antigo extremo diz que o 1-0 é suficiente

- NUNO MARTINS JOSÉ AUGUSTO

Figura de referência do Benfica bicampeão europeu, em 1961 e 1962, José Augusto esteve na única vitória dos encarnados na Escócia. A 29 de setembro de 1960, a formação comandada por Béla Guttmann venceu no reduto do Hearts, por 2-1, com golos de José Águas (37’) e José Augusto (74’), para a Taça dos Campeões Europeus. A equipa da casa reduziu aos 81’, por Young. Quase 63 anos e meio depois desse jogo realizado no Estádio Tynecastle, em Edimburgo, o antigo extremo aposta em novo triunfo das águias. “Ganhar por 1-0 é suficiente”, diz, a Record, deixando uma mensagem para os comandados por Roger Schmidt, que cederam empate a duas bolas há uma semana. “Que se inspirem na nossa vitória”, atira. Por outro lado, pede aos jogadores para “aplicarem no jogo o que treinaram”. “O treinador tem capacidade para levar a equipa para a frente.” Nesse encontro de 1960, a contar para a 1ª mão da 1ª eliminatór­ia da principal prova de clubes da UEFA, José Augusto marcou de pé esquerdo, culminando um “lance bem desenhado” pelos encarnados, como registou o nosso jornal, na edição de 1 de outubro de 1960. “O meu pé preferido era o direito, mas também treinava com o esquerdo”, recorda. Após esse jogo, José Augusto, hoje com 86 anos, explicou como concluiu o lance iniciado por Coluna. “Aproveitei bem a saída do guarda-redes, que procurou emendar um erro do seu defesa”, refere.

Cinco sem ganhar

Desde então, o Benfica não voltou a ganhar na Escócia: averbou três derrotas e um empate com o Celtic e, na última visita, não foi além de um 2-2 diante do Rangers, como pode ver-se no quadro ao lado. James Tavernier (78’, p.b.) e Pizzi (81’) fizeram os golos das águias. Rafa é o único jogador desse encontro que ainda continua no plantel. Hoje, o Benfica procura seguir para os quartos-de-final da Liga Europa. “É importante reforçar o meio-campo e não deixar que os escoceses criem espaços na defesa. Eles são rápidos, mas o Benfica é uma equipa madura, que tem jogado bem e que tem capacidade para ganhar. Rafa e Di María são dois jogadores importante­s, que podem desequilib­rar”, destaca o antigo internacio­nal português.

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EM SETEMBRO DE 1960, O CAMISOLA 7 DA FORMAÇÃO DE BÉLA GUTTMANN MARCOU DE PÉ ESQUERDO

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MARCO. José Augusto ajudou a conquistar “excelente vitória” com destacou ‘Record’, 1 de outubro de 1960
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