Record (Portugal)

UMA PARTE DE AVANÇO

Segundo tempo de luxo não deu para anular o arranque em falso no Pré-Olímpico

- DIOGO JESUS

A lição estava mais do que decorada. Neste tipo de jogos contra as grandes potências da modalidade, é obrigatóri­o roçar praticamen­te a perfeição de início a fim para alcançar um resultado positivo. Ora, se Portugal havia recebido nota máxima no recente Europeu, onde conseguiu a proeza de bater esta Noruega, a história não teve ontem o mesmo desfecho no arranque do Torneio Pré-Olímpico na Hungria, com a Seleção Nacional a ser derrotada na estreia (29-32), após ter dado uma parte de avanço. Nada está perdido rumo ao sonho de Paris’2024, mas agora não há margem de erro: é preciso ganhar à Tunísia (amanhã) e Hungria (domingo) Em Tatabánya, os Heróis do Mar registaram uma primeira parte bem longe dos seus pergaminho­s, que se revelou fatal para o desfecho. Frente a uma experiente Noruega, ir para o intervalo atrás por cinco golos de diferença (12-18) não estava nos planos do selecionad­or Paulo Pereira. Com desinspira­ção no ataque e dificuldad­es em travar os remates do adversário, a formação lusitana estava em dificuldad­es, mas sem nunca atirar a toalha ao chão. A oito minutos do descanso, Kiko Costa assustou quando ficou em dificuldad­es no chão, devido a um toque no pulso

SONHO DE CHEGAR A PARIS’2024 NÃO ESTÁ PERDIDO, SENDO AGORA PRECISO GANHAR À TUNÍSIA E À ANFITRIÃ HUNGRIA

esquerdo, mas regressari­a depois no segundo tempo. A primeira parte de má memória fecharia com a estrela Sander Sagosen a destacar-se como melhor marcador, com cinco golos.

A eficácia de remate da Noruega era de 72%, bem superior à de Portugal 57%.

Ainda deu para assustá-los

A segunda parte foi bem diferente. Os norueguese­s deixaram de marcar tudo, e os Heróis do Mar foram-se aproximand­o do marcador, deixando os rivais mais nervosos. Com Gustavo Capdeville a exibir-se em bom plano na baliza lusa, Portugal ficou a dois golos de distância (26-24) à entrada dos últimos 10 minutos, alimentand­o a esperança que podia ainda discutir o resultado. Paulo Pereira pediu time out para dar a estratégia de ataque nesta fase tão crucial da partida, mas Portugal nunca conseguiu ficar à distância de apenas um golo... desperdiça­ndo jogadas ofensivas ou batendo sempre no muro norueguês que tinha no guarda-redes Bergerud o seu melhor elemento: o guarda-redes terminou com 15 defesas em 39 remates, complicand­o assim a missão portuguesa que, afinal, não era assim tão impossível como se chegou a pensar ao intervalo. Com oito golos em 10 remates, Luís Frade foi o melhor marcador da Seleção, com Kiko Costa a contribuir com outros 5, tantos quanto o seu irmão Martim. No outro jogo do grupo, a anfitriã Hungria cumpriu o favoritism­o diante da Tunísia (33-24).

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OFENSIVO. Luís Frade foi o melhor marcador português, com oito golos em 10 remates

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