“Um sabor especial”
Francisco Spínola faz balanço positivo de mais uma edição do MEO Rip Curl Pro Portugal
O MEO Rip Curl Pro Portugal ainda não chegou ao fim, mas Francisco Spínola, responsável pela etapa desde que o circuito mundial de surf aterrou em Peniche, mostra-se satisfeito com o que aconteceu até aqui. “O balanço é sempre positivo. Peniche mostrou que mesmo com previsões terríveis há sempre uma boa janela para fazer este evento, seja em Supertubos ou no Molhe Leste, como aconteceu”, diz. Apesar do impasse vivido nos últimos dias, devido às condições do mar que tardaram em alinhar-se, Spínola admite que “a imprevisibilidade de Supertubos confere um sabor especial e um interesse adicional à prova”, garantindo que os melhores surfistas “adoram vir a Portugal pela diversidade de ondas”. Spínola apelida este como “um dos eventos internacionais mais importantes para o país”, especialmente por se realizar em março, estando “fora de época e contra toda a sazonalidade”. Com uma logística que envolve cerca de 1500 pessoas e um impacto superior a 10 milhões de euros para a economia local, o responsável da World Surf League diz que tudo está a ser trabalhado para “manter o evento em Peniche por mais anos”. Para já há acordo de renovação até 2026 com os patrocinadores privados. Falta apenas conhecer o próximo governo e perceber como será o investimento público. “É inequívoco que o surf tem um papel fundamental na imagem do país”, sublinha. Spínola enaltece o atual momento do surf nacional e lamenta que “se menospreze aquilo que já fizeram” os surfistas portugueses: “Nos últimos 20 anos tivemos quase sempre representantes no circuito mundial, primeiro com o Tiago Pires e agora com o Frederico Morais.”
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RESPONSÁVEL PELA ETAPA NACIONAL REALÇA IMPORTÂNCIA DA IMPREVISIBILIDADE DAS ONDAS DE SUPERTUBOS