SAUDAÇÃO À CLAQUE NA BASE DO RESPEITO

Deslocação do plantel aos Super Dragões após protesto deu-se porque os “adeptos são um só”

O protesto que os Super Dragões e o Colectivo 95 levaram a cabo após ficar a saber-se que as faixas de ambas as claques foram roubadas do museu do FC Porto - ver página seguinte - foi o acontecimento que marcou a partida de ontem. Os grupos de apoio estiveram em silêncio e, em momentos distintos, chegaram a abandonar o Dragão, deixando a missão de apoiar a equipa aos demais adeptos. No final, já com os Super Dragões de volta, Sérgio Conceição mandou o plantel agradecer à claque, num gesto que não caiu bem, mas que foi explicado.

“Foi pelo respeito pelas claques do nosso clube, grandíssimo respeito. Vim para aqui com 15 ou 16 anos e sempre foram inexcedíveis. Exigentes, é verdade, mas muito apaixonados. Vi o estádio exatamente da mesma forma que vejo sempre: com os adeptos a apoiarem, a tentarem entrar dentro do jogo. Parafraseando o

Sr. Pedroto, ele dizia que o público não é o 12º, mas o 1º jogador, porque sem eles o clube não existia”, disse à SportTV, na flash interview, reiterando a ideia na sala de imprensa: “Respeitamos toda a gente. Importante é que toda a gente esteja junta.” Em relação ao jogo, o técnico disse que “não houve grande história”. “Um jogo da nossa

Liga em que uma equipa vem tentar defender baixo e nós fomos criando as situações e fazendo os golos que tínhamos de fazer”, apontou, rotulando o jogo de “bem conseguido” e o resultado de “justo”. “Com mais um ou outro golo, seria ainda mais justo”, acrescentou.

De olhos colocados no que resta jogar da temporada, Sérgio

Conceição quer títulos e não fecha a porta do campeonato. “Estamos num momento que não é fácil na vida do clube. A equipa tem de estar imune e junta. Só juntos é que poderemos lutar pelos dois objetivos que temos, a Taça de Portugal e o campeonato, enquanto for matematicamente possível. Aqui ninguém desiste”, concluiu.

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SÉRGIO CONCEIÇÃO