PARECIAM GÉMEOS TÃO IGUAIS FORAM
Perdida escandalosa de Boateng vai para os apanhados, num jogo marcado pelo equilíbrio
Farense (oito jogos sem ganhar) e Rio Ave (cinco partidas sem triunfos) prolongaram os seus jejuns depois do empate de ontem no São Luís, num encontro muito repartido, entre duas equipas tão iguais na atitude e no compromisso quanto nos erros e na falta de inspiração e eficácia. O Farense entrou melhor e Gonçalo Silva assustou num livre de longa distância que quase surpreendeu Jhonatan, antes de Mattheus Oliveira e Marco Matias também colocarem à prova o guardião dos vilacondenses. O golo de Fabrício Isidoro - que forma bonita de comemorar o 200º jogo pelos algarvios - acabou por surgir com alguma naturalidade, tendo na sua génese um mau passe de Adrien Silva, muito pressionado. O Rio Ave procurou responder até ao intervalo e teve mais bola, mas raras vezes chegou à área contrária.
Após o descanso, e fruto das alterações operadas por Luís Freire, o Rio Ave surgiu remoçado e com mais gente na frente, empurrando o Farense para perto da sua área. Fábio Ronaldo obrigou Ricardo Velho a defesa apertada e pouco depois surgiu o empate (também aqui com alguma naturalidade, por força do que se estava a ver em campo...), num cruzamento bem medido de Josué Sá para Boateng, contundente
FÁBIO RONALDO imprimiu velocidade ao ataque do Rio Ave e criou desequilíbrios no início da 2ª parte, tendo papel importante
no jogo aéreo.
Daí até final as duas equipas não se deram por satisfeitas com o pontinho e procuraram a vitória, mas não conseguiram aproveitar as oportunidades criadas, a mais clara das quais, digna de um programa de apanhados, de Boateng, à boca baliza, após passe de Yakubu Aziz. O Farense também dispôs de uma boa ocasião, num cabeceamento de Zé Luís sustido por Jhonatan.
O ‘rei’ dos empates, o Rio Ave, somou mais um, o 13º, e as duas equipas continuam em zona desconfortável na classificação.
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