Record (Portugal)

ESTE LEÃO VIAJA DE BÖMBARDEIR­Ö

Turma de Amorim teve falsa partida, mas reagiu com artilharia pesada. E depois há Gyökeres...

- CRÓNICA DE FILIPE ALEXANDRE DIAS

Foi um Sporting primeiro errático, depois sofredor e por fim arrasador aquele que ontem recebeu e ‘derreteu’ o Boavista, em Alvalade, não deixando fugir a liderança da Liga. Mesmo com baixas, o coletivo de Amorim protagoniz­ou uma segunda parte pulverizad­ora e deu uma demonstraç­ão de força quando parecia que o motor do leão começava a verter óleo.

E o Boavista entrou... a ganhar! Um golo a frio de Makouta (com falha de Catamo e abordagem mansa de Israel) colocou os axadrezado­s na frente e atirou o Sporting para uma zona de desconfort­o, da qual demorou a sair.

O esquadrão da casa procurou reagir de imediato, é verdade, e viu um golo (bem) anulado quase de seguida, mas, apesar do domínio territoria­l, tinha poucas ideias e o Boavista procurava quebrar o ritmo, sempre em busca da transição.

Face a uma grande concentraç­ão defensiva dos axadrezado­s, o jogo ia ficando mais e mais incómodo para o Sporting, que, ainda assim, ameaçou duas vezes por Gyökeres. O Boavista perdeu Abascal por lesão (o que lhe enfraquece­u a linha defensiva) e começou então a ser duramente apertado, até que João Gonçalves – que já tinha aquecido as luvas nada pôde fazer no 1-1, de Gyökeres. Depois de tanto porfiar, o leão conseguiu não ir a perder para o descanso, fator sempre importante.

Reentrada aos tiros

No reatamento, Amorim retirou o amarelado Hjulmand e colocou Daniel Bragança – o mais ofensivo leão no banco... A intenção? Colocar gelo no setor onde o dinamarquê­s andava esquentado e atacar ainda mais o bloco baixo das panteras. Resultou! O leão reentrou com tudo, foi ainda mais asfixiante e começou a criar situações de golo num ápice. Quando parecia que o adversário do Sporting passava a ser não o Boavista, mas sim a sua própria ineficácia, Geny Catamo - que andava a lutar contra o desacerto – levantou para Paulinho desfazer a igualdade (54’). Agora sim, o leão saía em definitivo da jaula.

Ricardo Paiva reagiu e lançou Bruno Lourenço para tentar redimensio­nar um Boavista que era toda uma inexistênc­ia atacante. Mas a pautar melhor o jogo e a ter maior qualidade nas ações, o Sporting revelou-se mortífero. Com passes rasteiros e a perfurar desde as alas, o leão fez deste modo o 3-1. De novo pelo sueco, claro, que a seguir elevou de penálti e depois inventou o 5-1, oferecido a Nuno Santos, até Paulinho fechar a contagem já para lá dos 90’.

O leão agarrou-se assim à liderança: com toda a força!

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