Record (Portugal)

AQUELA NOBRE ARTE DE SABER ESPERAR ROGER SCHMIDT

Ao intervalo, pediu aos jogadores para terem “paciência” e meterem “mais pressão”

- TREINADOR GOSTOU DO QUE VIU VALTER MARQUES

A vitória foi pela margem mínima e o golo chegou já quando a partida se encaminhav­a para os minutos finais, mas Roger Schmidt nunca duvidou de que o Benfica iria sair de Rio Maior com os três pontos. Apesar dessa confiança, pela forma efusiva como festejou o golo, notou-se que respirou, e muito, de alívio, quando viu a bola disparada por Arthur Cabral parar apenas no fundo da baliza do Casa Pia.

“Tivemos de ser pacientes, esperar pelo momento certo para marcarmos. Temos de ter um grande respeito pela mentalidad­e que os jogadores tiveram hoje [ontem]”, disse o técnico, de 57 anos, revelando o que disse aos jogadores após os primeiros 45 minutos: “Ao intervalo disse que estava tudo bem, que precisávam­os de paciência, de meter mais velocidade e colocar pressão neles, para provocar o erro. Os jogadores estiveram bastante bem na segunda parte da partida”.

Schmidt, que nas últimas palavras para Arthur Cabral, antes deste entrar, apontou para a baliza de Ricardo Batista, explicou que ficou muito satisfeito com o que o jogador deu à equipa, mas não esqueceu o avançado que foi ontem titular na frente. “Precisávam­os de qualidade individual. O Marcos Leonardo esteve bem, mas depois precisávam­os de um jogador diferente, mais físico. Ele entrou e fez o que tinha a fazer, tal como o David Neres. Ter estas opções no banco é muito bom”, anotou, tendo ainda elogiado o adversário: “É sempre difícil jogar frente ao Casa Pia, defende muito bem. Mas os jogadores estiveram muito bem. Tenho grande respeito pela performanc­e, pela motivação e qualidade dos jogadores. Temos tido muitos jogos, não é fácil.” Por fim, o treinador discordou que a equipa tenha estado melhor no segunda parte do que nos primeiros 45 minutos. “Vi uma boa dinâmica, conseguimo­s pressionar, só faltou o tempo de remate, o último passe. Sabemos que é difícil marcar ao Casa Pia”, concluiu.

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“ELE [ARTHUR CABRAL] FEZ O QUE TINHA DE FAZER, TAL COMO O NERES. TER ESTAS OPÇÕES NO BANCO É MUITO BOM”

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