Record (Portugal)

“Teremos segurança de voto?” VILLAS-BOAS

Atuação da direção no caso do roubo das tarjas das claques do Museu leva o candidato presidenci­al a questionar transparên­cia do ato eleitoral de 27 de abril

- JOSÉ MIGUEL MACHADO E RUI SOUSA

O caso do roubo das tarjas das claques do FC Porto do museu do clube deixou André Villas-Boas duplamente preocupado. Não só pela forma como aconteceu, mas também pelo silêncio adotado pela direção até que os alegados ladrões exibiram as tarjas na Croácia, no sábado. Sinais que levam o candidato à presidênci­a a questionar se haverá condições para que o ato eleitoral de 27 de abril decorra sem sobressalt­os. “Há que apurar responsabi­lidades relativame­nte à segurança do museu e do Estádio do Dragão, que é o palco escolhido para o próximo ato eleitoral. Se a segurança não está garantida, como iremos ter transparên­cia e segurança de voto no dia 27 de abril? São questões que ficam sempre por esclarecer, as pessoas escudam-se no silêncio e, quando soltam os comunicado­s, os sócios reagem veementeme­nte, num episódio lamentável e que facilmente podia ter sido evitado se houvesse comunicaçã­o entre as partes”, considerou André Villas-Boas, ontem de manhã, na sua sede de campanha. Já durante a tarde, numa sessão de esclarecim­ento em Argoncilhe, concelho de Santa Maria da Feira, a questão foi levantada por uma associada, que demonstrou dúvidas sobre a idoneidade do ato eleitoral.

“Há pessoas que no cartão de sócio têm fotografia­s tiradas na bancada... É fundamenta­l que a confirmaçã­o seja também com o cartão de cidadão. Na formalizaç­ão da candidatur­a daremos início a questões com respostas obrigatóri­as. Há o controlo das urnas, a selagem das portas. O ato eleitoral vai ser na zona dos bares por baixo das bancadas, todo o escrutínio, transparên­cia, o modo operaciona­l. O que acontece se às 19 horas tivermos uma fila infinita de sócios para votar? Há um FC Porto-Sporting nesse fim-de-semana e não queremos que os sócios percam o direito de voto porque há um jogo no dia seguinte”, completou o candidato.

AVB recuou até à Assembleia Geral de aprovação do relatório e contas para justificar as suas dúvidas. “Tivemos uma contagem a ‘olhómetro’ das pessoas que se levantaram. Cada um ia apontando e riscando o seu número e houve muitas filas que foram mandadas recontar, além do incómodo de que quem votava contra tinha de levantar-se, de forma a ficarem bem identifica­das. Temos de confiar na ética, moral e transparên­cia de Lourenço Pinto, de forma a termos um ato eleitoral digno da história do FC Porto”, referiu.

Bilhética gera dúvidas

Villas-Boas foi questionad­o por uma adepta que faz parte de uma das claques qual o plano do candidato para os grupos organizado­s e, da resposta, veio uma revelação sobre um dos processos que corre em tribunal. “Quero saber porque

“VOU COLOCAR-ME COMO ASSISTENTE NO PROCESSO PARA PERCEBER O QUE ACONTECEU AO DINHEIRO”, DISSE SOBRE A CLAQUE

é que saíram determinad­o número de bilhetes que deveriam ter rendido determinad­os milhares de euros e eles não vieram. Vou colocar-me como assistente no processo que está em curso para perceber o que aconteceu ao dinheiro”, assegurou AVB, acrescenta­ndo, ainda assim, que não tem qualquer intenção em acabar com as claques do FC Porto.

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CONSELHO SUPERIOR. Vitória Matos (represen tada pelo marido), Catarina Vaz Marques, Ana Cristina Costa, Cristiana Vieira e Joana Carvalho foram os primeiros nomes apresentad­os por André Villas-Boas

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