TRIUNFO ARRANCADO A FERROS
FC Porto bateu o Benfica numa final imprópria para cardíacos e ergueu a 15.ª Taça de Portugal
Depois de ultrapassarem os respetivos rivais, a expectativa para o clássico que colocou o FC Porto e o Benfica no jogo final da Taça de Portugal era enorme, e os dois clubes não desapontaram. O FC Porto saiu vencedor (78-81) de um encontro que podia ter caído para qualquer um dos lados, embora nem sempre o cariz da partida o tenha indicado. O 1º período foi completamente dominado pelos portistas, que começaram mais concentrados e imponentes fisicamente sobre os encarnados, muito pela boa forma de Anthony ‘Cat’ Barber (24 pontos), que voltou a entrar nas contas do técnico Fernando Sá após ter ficado de fora da partida com o Imortal. O base ainda comandou muito bem o resto dos colegas de equipa e terminou o jogo com sete assistências. O 1º período ficou marcado por um parcial de 11-27, mas no 2º quarto, tudo mudou.
O Benfica cresceu e entrou com outra mentalidade para campo, aproveitando os deslizes dos azuis e brancos na defesa para aproximarem-se no marcador. Norberto Alves lançou Thomas Drechsel (29 pontos; 4 triplos) em campo, uma autêntica ‘arma secreta’ do técnico benfiquista que tinha deixado o extremo no banco. As águias foram para o intervalo a perder por 36-49, mas venceram o parcial (25-22), deixando no ar que ainda tinham uma palavra a dizer. Os dragões entraram no 3º período mais fragilizados e previsíveis, com ‘Cat’ Barber bem marcado e Aaron Broussard a dar luzes da forma que apresentou
ENCONTRO PODIA TER CAÍDO PARA QUALQUER UM DOS LADOS, EMBORA NEM SEMPRE O CARIZ DA PARTIDA O TENHA INDICADO
diante do CD Póvoa. Os benfiquistas até se co- locaram na frente do marcador por duas ocasiões (57-54 e, mais tarde, 78-77). Porém, já no cair do pano, os encarnados entraram em colapso.
Charloon Kloof (17 pontos) conquista uma falta para o FC Porto a 11 segundos do final e coloca os dragões na frente do marcador com dois lances livres concretizados. Toney Douglas tinha possibilidade de responder e até quando era o melhor elemento do Benfica em campo, mas cometeu uma falta por pé e, mais tarde, não conseguiu concretizar o triplo que levaria a partida para prolongamento, para festa dos portistas. “Na parte final, foram pequenos detalhes. Falhámos lançamentos, alguns completamente abertos, mas sou eu o responsável máximo por todos os resultados. Não estamos satisfeitos. Aliás, estamos longe de estar contentes”, lamentou Norberto Alves. O FC Porto conquistou um troféu que lhe fugia há algum tempo e levantou, no final, a 15ª Taça de Portugal da história do clube, sucedendo ao Benfica.
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