DESILUSÃO E ESPERANÇA
Portugal derrotado pela Geórgia, em Paris, volta a adiar nova conquista do Europe Championship
A Seleção Nacional viveu ontem uma desilusão, ao perder novamente a final do Europe Championship para a Geórgia, por 36-10, mas a esperança de apuramento para o Mundial’2027 mantém-se bem viva para as hostes portuguesas. Primeiro, porque o Europeu deste ano não contou para nada nesse aspeto; Segundo, porque apesar de não estar em causa a justiça do triunfo dos Lelos, os Lobos demonstraram, ao longo da competição, que são efetivamente uma das melhores seleções europeias e a qualificação estará perfeitamente ao seu alcance. É verdade que Portugal voltou a sentir enormes dificuldades nas fases estáticas, particularmente na formação ordenada, mas não nos podemos esquecer que a primeira linha titular somava pouco mais de 10 internacionalizações Deixem-nos crescer!
Mais questionáveis serão as entradas ‘tardias’ de Hugo Aubry e Rodrigo Marta, especialmente a partir do momento em que os Lobos perderam Nuno Sousa Guedes, por lesão, logo aos 2 minutos – mas, sublinhe-se, a equipa técnica é soberana. A partir desse momento os georgianos tomaram conta das operações, chegaram ao intervalo a vencer por 12-3 e só depois de somarem quatro ensaios, no segundo tempo, é que Portugal conseguiu concluir uma jogada sem erros e chegar ao ensaio, por Rodrigo Marta (79). Agora, venha a África do Sul, em julho! O treinador João Mirra deu a versão dos sucedido em Paris. “Não fomos bons o suficiente. Parabéns à Geórgia, foi mais fortes no combate, no ‘ruck’, no ‘maul’, na ‘mêlée’, e a partir daí ficou difícil. Não tivemos a paciência para manter a posse de bola, contra uma equipa tão física que, a defender tão bem, precisávamos de ter várias fases, construir, construir... É uma derrota, mas faz parte. São dores de crescimento de onde nós viemos. Quero dar os parabéns aos jogadores, mostraram muito caráter, não desistiram e abriram-nos mais as portas do futuro. Nós olhamos para o grupo que temos, é um grupo mais jovem, é um grupo com mais escolhas e isso vai tornar o papel dos treinadores no futuro mais fácil”.
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