Calor travou marcas na ‘Meia’
O calor que se fez sentir este domingo em Lisboa acabou por travar a obtenção de melhores marcas na Meia-Maratona de Lisboa, que registou as vitórias do etíope Dinkalem Ayele e da queniana Brigid Kosgei. Ayele correu em 1:00,36, à frente do queniano Dominic Kiptarus (a 3 segundos) e do alemão Amanal Petros (a 20 segundos). Em femininos, Kosgei venceu com grande avanço, para fazer 1:05,51, seguida das etíopes Bosena Mulatie (1:09.00) e Tigist Menigstu (1:09.14). “Estou muito feliz por ver aqui a minha família e isso foi fundamental. Foi o melhor que fiz este ano, apesar de hoje estar muito calor. Dei o meu melhor e estou muito feliz”, confessou Brigid Kosge, que mal cortou a meta foi abraçada pelos filhos. Entre os portugueses, Susana Godinho foi a melhor (14ª) com o tempo de 1:13.17 horas, enquanto em masculinos esse estatuto pertenceu a Rui Pinto (21º, 1:04,32). “O objetivo principal era bater o meu recorde pessoal, não consegui. Senti algum cansaço da prova de ontem do corta-mato. Além disso, a temperatura e humidade foram fatores que prejudicaram a minha performance. Mas saio satisfeita por ter sido a melhor portuguesa”, admitiu a atleta do Recreio Desportivo de Águeda, a única portuguesa qualificada para a maratona olímpica de Paris’2024.
Já o fundista do Sporting, admitiu que “queria mais”. “É sempre especial para mim correr a Meia Maratona de Lisboa, uma das principais corridas de Portugal que apresenta sempre um lote de atletas de excelência. Fui novamente o primeiro português, mas em termos de marca fiquei um pouco aquém daquilo que tinha previsto. No entanto, aceito o resultado porque o contexto assim o ditou. Aproveito para agradecer à organização pelo forma como nos presenteia com este magnífico evento assim como a todas as pessoas que estiveram nas ruas para nos apoiar”. A Meia Maratona de Lisboa de 2024 contou com atletas de diversos países entre o pelotão de elite e mais de 30 mil inscritos nas várias provas.
Em jeito de balanço, Carlos Móia reconheceu que o calor “prejudicou os tempos, que não foram consentâneos com a qualidade dos atletas que tivemos connosco”.
*