“Virar as costas era uma cobardia”
Treinador Paulo Sérgio promete ir com os seus “até à morte”, mas deixa futuro nas mãos da SAD
O Portimonense não ganha há sete jogos e caiu para o lugar de playoff de permanência, mas o treinador Paulo Sérgio não equaciona a demissão. “Seria uma cobardia e vou com os meus até à morte, até ao fim”, disse, à margem do Fórum da Associação Nacional de Treinadores. “As condições que tenho hoje são as mesmas que tinha há cinco anos, quando cheguei ao Portimonense, e não irei andar com pedidos de demissão ou a fugir. Virar as costas agora era, para mim, repito, uma cobardia”, adiantou o responsável pelo conjunto alvinegro, com apenas dois pontos somados nas últimas sete rondas do campeonato. “A administração sabe que não estou para roubar ninguém e pagam-me até ao último dia em que eu trabalhar”, frisou Paulo Sérgio, assinalando que os responsáveis da SAD “têm a perfeita noção daquilo em que a equipa está envolvida”. O treinador do Portimonense reconhece que o momento é complicado. “Vivemos uma situação difícil, assim como várias outras equipas, queremos sair dela e estamos a trabalhar para isso”, referiu Paulo Sérgio, cujo contrato com o Portimonense termina em junho. Sobre uma possível demissão, vincou: “Foi apresentada no dia em que assinei contrato e a administração fará sempre aquilo que bem entender.” O treinador, o segundo da Liga há mais tempo no mesmo clube, só superado por Sérgio Conceição (7 épocas), chegou a Portimão em fevereiro de 2020, com o objetivo de alcançar a permanência, só garantida na secretaria, devido aos problemas financeiros do V. Setúbal. Nas três épocas seguintes a equipa atingiu aquela meta em campo.
*
CHEGOU EM 2020, TEM CONTRATO ATÉ JUNHO E, NA LIGA, APENAS SÉRGIO CONCEIÇÃO ESTÁ HÁ MAIS TEMPO NO MESMO CLUBE