ORGULHO DOS SEUS PARES
Distinguido em Viseu pelo seu trabalho no Palmeiras, Abel Ferreira diz que será difícil “ir a algum lado nos próximos dois anos”
çAbel Ferreira foi alvo de um singela mas reconhecida homengem por parte dos seu pares no último dia do 12º Fórum da Associação Nacional de Treinadores de Futebol (ANTF). Perante uma sala com mais de 1.200 pessoas, a maior afluência de
TÉCNICO FALOU DA INTENSIDADE DO FUTEBOL CANARINHO UTILIZANDO UMA ANALOGIA SOBRE... UM MINI E UM FERRARI
sempre na história do evento, o treinador do Palmeiras recebeu o Prémio Vítor Oliveira, que o deixou emocionado e orgulhoso. No final, entre outros temas, abordou o futuro da sua carreira, antecipando que não deverá deixar o Verdão em breve. “O clube onde eu estou é um clube que me valoriza, que me reconhece, onde tu realmente te sentes parte do processo. Estou bem onde estou, onde quero estar, a minha família está comigo. É o momento da minha vida que posso escolher onde quero estar e dificilmente nos próximos dois anos eu irei para algum lado”, disse o técnico que, na sua intervenção no fórum, analisou a badalada intensidade do futebol brasileiro, ou falta dela, desta forma: “Posso jogar domingo em São Paulo e na quarta-feira em Fortaleza. É como se fosse jogar à Grécia.
Como posso ter uma equipa a jogar em alta intensidade se não lhe dou tempo para recuperar? Há jogos em que a equipa vai para dentro de campo sem estar recuperada. A minha sorte é que os nossos adversários às vezes estão ainda piores. Claro que há jogos em que a equipa está lenta.
Joga à velocidade que pode. Se tiver um Mini não posso andar como um Ferrari.”
Para além da distinção a Abel Ferreira, também Mário Lino, ex-jogador do Sporting; Rodrigo Moura (ANTF); Maria Emília Soares, primeira treinadora em Portugal; e José Luis Mendes, selecionador da equipa de sub-19 portuguesa, foram premiados no dia de ontem. *