Record (Portugal)

MEIA-FINAL PODE SER EM PORTUGAL

Slogan, logótipo e hipótese de o Bernabéu receber o jogo decisivo foram as novidades na primeira cerimónia da aliança ibérica e marroquina

- ANDRÉ ZEFERINO

Aí está a apresentaç­ão do Mundial’2030 que colocará Portugal, Espanha e Marrocos de mãos dadas numa candidatur­a conjunta. Para além do slogan ‘YallaVamos’ – junta sinónimos dos idiomas português, espanhol e árabe – e do logótipo da competição – representa­ção do sol, mar e futebol – , ficámos também a saber que Portugal não irá receber a final, apesar de estar a tentar acolher uma meia-final, e que não estão previstos investimen­tos nos Estádios da Luz, Alvalade e Dragão, palcos de vários jogos da prova. “Portugal não tem esse estádio com capacidade para, pelo menos, 80 mil lugares e não vai fazer investimen­tos para ampliar a capacidade dos estádios, o que significa que não vai ter a final do Mundial. Portugal tem fundada expetativa para poder acolher uma meia-final ”, afirmou António Laranjo, coordenado­r do Comité de Candidatur­a, para levantar um pouco mais o véu logo de seguida: “O Santiago Bernabéu [recinto do Real Madrid] é um dos estádios que certamente integrará a candidatur­a como possível estádio para receber uma final, porque certamente terá capacidade para tal.” Numa aliança ambiciosa, assente em quatro pilares – sustentabi­lidade, inovação, investimen­to e impacto social -, foi dado ênfase ao objetivo da neutralida­de carbónica, numa competição que obrigará a uma mobilidade sustentáve­l e à deslocação de adeptos e seleções entre três países… ou seis, como pareceu ficar esquecido pelos líderes federativo­s, se cumprirem o plano comemorati­vo do centenário do Campeonato do Mundo e Uruguai, Paraguai e Argentina receberem as três primeiras partidas da fase de grupos. “Três países, dois continente­s, uma única ambição: organizar um Mundial que fique na memória de todos”, frisou Fernando Gomes, presidente da Federação Portuguesa de Futebol, no anfiteatro da Cidade do Futebol. Com os três países a acolherem 101 jogos do Mundial, resta agora conhecer as cidades-sede e os respetivos estádios, bem como que jogos se disputarão no nosso país e em que fase da prova. O ex-presidente das Infraestru­turas de Portugal referiu ainda que no prazo de “um mês” estará terminado um “estudo económico” que permitirá ter uma visão mais clara sobre os custos e retorno da organizaçã­o da maior competição de seleções do planeta.

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DENTRO DE UM MÊS ESTARÁ TERMINADO UM “ESTUDO ECONÓMICO” QUE PERMITIRÁ SABER OS CUSTOS E O RETORNO

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PRESIDENTE­S. A cerimónia contou com várias figuras do futebol português, entre os quais Pedro Proença (Liga Portugal), Rui Costa (Benfica) e António Salvador (Sp. Braga), que está à conversa com Salgado Zenha, vice-presidente do Sporting

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