MEIA-FINAL PODE SER EM PORTUGAL
Slogan, logótipo e hipótese de o Bernabéu receber o jogo decisivo foram as novidades na primeira cerimónia da aliança ibérica e marroquina
Aí está a apresentação do Mundial’2030 que colocará Portugal, Espanha e Marrocos de mãos dadas numa candidatura conjunta. Para além do slogan ‘YallaVamos’ – junta sinónimos dos idiomas português, espanhol e árabe – e do logótipo da competição – representação do sol, mar e futebol – , ficámos também a saber que Portugal não irá receber a final, apesar de estar a tentar acolher uma meia-final, e que não estão previstos investimentos nos Estádios da Luz, Alvalade e Dragão, palcos de vários jogos da prova. “Portugal não tem esse estádio com capacidade para, pelo menos, 80 mil lugares e não vai fazer investimentos para ampliar a capacidade dos estádios, o que significa que não vai ter a final do Mundial. Portugal tem fundada expetativa para poder acolher uma meia-final ”, afirmou António Laranjo, coordenador do Comité de Candidatura, para levantar um pouco mais o véu logo de seguida: “O Santiago Bernabéu [recinto do Real Madrid] é um dos estádios que certamente integrará a candidatura como possível estádio para receber uma final, porque certamente terá capacidade para tal.” Numa aliança ambiciosa, assente em quatro pilares – sustentabilidade, inovação, investimento e impacto social -, foi dado ênfase ao objetivo da neutralidade carbónica, numa competição que obrigará a uma mobilidade sustentável e à deslocação de adeptos e seleções entre três países… ou seis, como pareceu ficar esquecido pelos líderes federativos, se cumprirem o plano comemorativo do centenário do Campeonato do Mundo e Uruguai, Paraguai e Argentina receberem as três primeiras partidas da fase de grupos. “Três países, dois continentes, uma única ambição: organizar um Mundial que fique na memória de todos”, frisou Fernando Gomes, presidente da Federação Portuguesa de Futebol, no anfiteatro da Cidade do Futebol. Com os três países a acolherem 101 jogos do Mundial, resta agora conhecer as cidades-sede e os respetivos estádios, bem como que jogos se disputarão no nosso país e em que fase da prova. O ex-presidente das Infraestruturas de Portugal referiu ainda que no prazo de “um mês” estará terminado um “estudo económico” que permitirá ter uma visão mais clara sobre os custos e retorno da organização da maior competição de seleções do planeta.
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DENTRO DE UM MÊS ESTARÁ TERMINADO UM “ESTUDO ECONÓMICO” QUE PERMITIRÁ SABER OS CUSTOS E O RETORNO