Da Distrital à Seleção e de olho noutro sonho
Dois já estão riscados da lista, mas ainda há um por cumprir. Após concretizar os sonhos de jogar na 1ª Liga e de chegar à Seleção Nacional, a Jota falta a Liga dos Campeões. “O Jota tinha três sonhos. O primeiro era chegar à 1ª Liga. Cumpriu. O segundo era chegar à Seleção Nacional. O terceiro é jogar a Liga dos Campeões. As pessoas aqui às vezes dizem que ele devia ir para a Arábia, mas eu digo sempre o mesmo que o Jota diz. Agora não, podem dar os milhões que quiserem. Agora é a Champions”, revelou Francisco Cunha, dono da barbearia ‘90’s House Men’s Salon’, onde o craque corta o cabelo religiosamente todas as semanas.
Uma prova de que o foco está no lado desportivo. “Sempre. Chega a casa e a primeira coisa que faz é rever o jogo completo. Já em miúdo tinha este foco. Ia a festas de aniversário e, se tivesse jogo no dia a seguir, ia embora cedo”, acrescenta o amigo de longa data, no primeiro de vários testemunhos a darem conta do mesmo. “Ele sempre foi ultra focado, humilde, colaborante, ouvia aqueles que sentia que o podiam ajudar. É um animal competitivo do primeiro ao última dia da semana e no jogo é o que é durante a semana”, explicou João Ferreira.
“O Jota é um jogador diferenciado. Além do talento e da qualidade, tem uma capacidade de trabalho, de resiliência, de dar a volta por cima que não é normal”, afirmou também João Cunha. “Teve uma lesão grave, teve de voltar aos distritais e nunca viu isso como problema”, contou ainda.
Por fim, Tozé abriu o jogo sobre outras histórias. “Estava eu nos juniores, era ele juvenil de primeiro ano, e veio jogar a fase final do campeonato nacional connosco. Acho que foi nesse momento exato que percebi que ele poderia chegar muito longe. Jogou com personalidade, como joga, aguerrido e sem medo”, apontou o diretor do Sousense.
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