Arguido tinha em casa catana e 50 petardos
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CASA PIA(F)1-0
O julgamento dos 13 casuals dos No Name Boys prosseguiu ontem no Campus de Justiça, em Lisboa. A parte da manhã ficou marcada pela audição de uma agente que participou nas buscas à residência de um dos arguidos. A agente revelou ter sido mesmo apreendida uma catana e 50 petardos. Durante o período da manhã foi ainda ouvido o ex-cunhado de outro arguido de forma a tentar esclarecer a quem pertencia o material ilícito – uma metralhadora, 755 munições, silenciador de armas e balanças de precisão – que foi apreendido no âmbito de buscas a uma residência onde morou até setembro de 2022, quando emigrou para a Dinamarca.
A audição desta testemunha, que falou por videochamada, foi requerida pela presidente do coletivo, Alexandra Pereira, na sequência das revelações feitas na sessão da última 6ª feira. À tarde, falaram 3 testemunhas de outro arguido no sentido de esclarecer se o mesmo estava a trabalhar a 19 de abril de 2022, à hora a que um menor de 16 anos foi agredido e violado com um pau após um Benfica-Sporting em futsal. “Quanto mais olho para esse documento, mais dúvidas tenho”, disse uma juíza, confusa com os documentos apresentados pelos colegas de trabalho do arguido.
Alegações finais dia 19
Este julgamento, que arrancou a 26 de fevereiro, aproxima-se da decisão e as alegações finais estão marcadas para dia 19. A próxima sessão terá lugar depois da Páscoa, a 4 de abril, com a acareação de duas testemunhas.
No banco dos réus estão sentados 13 adeptos do Benfica, 8 dos quais em prisão preventiva, acusados de violação agravada, roubo, ofensas à integridade física, gravações ilícitas, coação agravada, desobediência, detenção de arma proibida e tráfico de estupefacientes.
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