“Quem foi ao Mundial’07 é que nos abriu as portas”
Uma vitória diante das Fiji (24-23), um empate com a Geórgia (18-18) e exibições muito consistentes – e com desfechos relativamente equilibrados diante País de Gales (8-28) e Austrália (14-34) – fizeram com que o desempenho da Seleção no Mundial de 2023 constitua um marco histórico. Mas, apesar de orgulhoso por ter feito parte dessa equipa, José Lima também não esquece aqueles que, em 2007, contrariando todas as previsões, lograram qualificar-se para a fase final do Mundial igualmente realizado em terras gaulesas.
“É verdade que os resultados não foram os melhores - desaires com Escócia (10-56), Nova Zelândia (13-108), Itália (5-31) e Roménia (10-14) –, mas temos de salientar que foram eles quem abriu as portas, os primeiros a conseguir, a mostrar que Portugal podia estar com os melhores mesmo sem as condições ideais. Essa qualificação foi fundamental para o crescimento da modalidade entre nós. Ficou, para a opinião pública, a imagem de uma equipa que cantava o hino com enorme sentimento, que tudo fez para defender o nome do país, mas a sua importância foi muito para além dos resultados”, afirma, reconhecido.
E se como diz o ditado não há duas sem três, o experiente jogador, de 32 anos, espera que a próxima presença de Portugal seja já na Austrália... em 2027. “Acredito que será e espero poder lá estar. Estou bem fisicamente, tenho esse objetivo. Mas depende das opções da equipa técnica. Vou fazer por isso”.
Em relação à presença de vários lusos-descendentes na Seleção, José Lima salienta que ajudam a elevar o nível e que estão a chegar cada vez mais novos. “Agora, aparecem com 20/21 anos, enquanto antes era com 25/26. Ajudam muito, integram-se bem e sentem orgulho em representar Portugal. E são eles que entram em contacto, que se disponibilizam para johar”, diz um dos capitães. *