EQUIPAMENTOS GERAM POLÉMICA
Ingleses questionam mudança no símbolo; alemães criticam fim da ligação à Adidas
Os novos equipamentos da seleção de Inglaterra, que hoje defronta o Brasil em Wembley, provocaram uma chuva de críticas. Até mesmo o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, veio a público questionar a opção da Nike, patrocinadora oficial da federação inglesa. No centro da polémica está o desenho e as cores da Cruz de São Jorge, um símbolo do país. “Quando se trata das nossas bandeiras nacionais, não devemos mexer porque são uma fonte de orgulho, de identidade, de quem somos, e são perfeitas como são”, afirmou Sunak, numa opinião partilhada por muitos outros britânicos, seja da área política como da desportiva. A referida Cruz de São Jorge surge em diferentes tons de azul, vermelho e roxo na parte de trás da gola, ao invés das cores originais, o branco e o vermelho. Ainda assim, tanto a federação inglesa como a marca norte-americana defenderam a opção e rejeitaram que tenha existido qualquer intenção de mudar a bandeira, tratando-se de “uma atualização lúdica da Cruz de São Jorge na gola, com o objetivo de unir e inspirar”. E não admitem alterar os equipamentos devido às críticas entretanto recebidas.
Federação alemã criticada
Na Alemanha é a mudança para a Nike, em 2027, que não caiu bem. O ministro da Economia germânico referiu mesmo que esperava “mais patriotismo” da federação (DFB), depois desta ter decidido colocar ponto final na ligação à Adidas, que patrocina a Mannschaft desde a década de 50 do século passado. “Não consigo imaginar a camisola da Alemanha sem as três riscas. A Adidas e o preto, vermelho e dourado sempre pertenceram um ao outro”, afirmou Robert Habeck. O contrato da DFB com a Adidas termina em 2027 e a proposta da Nike é muito superior à da rival – fala-se em 100 M€ anuais, contra os 50 M€ atuais.
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“QUANDO SE TRATA DAS NOSSAS BANDEIRAS NACIONAIS, NÃO DEVEMOS MEXER”, DISSE RISHI SUNAK