Um falhanço na Fórmula 1
Apesar de todo o poderio económico demonstrado e de várias ofertas encaradas como irrecusáveis, o PIF também já tem conhecido algumas abordagens falhadas pelo caminho.
O fundo saudita quis comprar os direitos da Fórmula 1 à Liberty no início de 2022, com uma inacreditável proposta de 20 mil milhões de euros, rejeitada pela empresa norte-americana. Ao que tudo indica, apesar do primeiro ‘não’ da Liberty, o fundo de investimento planeia fazer uma nova proposta nos próximos anos pelo desporto onde Max Verstappen tem sido rei.
Recorde-se que em 2017 o grupo de investimentos de capital britânico CVC vendeu as suas ações dos direitos comerciais da Fórmula 1 [cerca de 18,7%] para a empresa norte-americana Liberty Media, que passou a ser a sócia maioritária da categoria. A Arábia Saudita entrou no calendário da Fórmula 1 em 2021 e neste momento tem contrato válido até 2030, o que revela a aposta forte do país também nos desportos de motores, isto depois de terem também levado o Rally Dakar para lá no ano de 2020.
E se noutras modalidades os desportistas têm aceitado pacificamente a entrada da Arábia Saudita
no ‘mercado’, na Fórmula 1 o cenário não foi tão pacífico, com Lewis Hamilton, habitualmente muito ativo em causas sociais, a criticar todo o negócio. “São inacreditáveis as coisas que se passam neste país. Recebi uma carta com um pedido de ajuda de um menino de 14 anos que está no
Lewis Hamilton deu murro na mesa corredor da morte. Aos 14 anos, ninguém sabe o que está a fazer com a sua vida. Ninguém merece ter a sua vida condenada com essa idade. É verdade que não controlamos os locais por onde o circuito pára, mas espero que possamos aproveitar esta oportunidade para fazer a diferença dentro dos possíveis. Temos poder, temos responsabilidade e podemos tentar utilizá-los. *