“É só dizer mal de tudo e de todos”
Considera que “a campanha não tem sido saudável” e acusa André Villas-Boas de não apresentar “nada de positivo”
Pinto da Costa aproveitou a presença na gala do jornal ‘O Gaiense’, ontem à noite, para abordar a corrida à presidência do FC Porto. O líder dos dragões, de 86 anos, mostrou-se confiante de que vai ser reeleito para o cargo e acusou a candidatura de André Villas-Boas de não contribuir para um ambiente saudável na campanha.
“Acho que a campanha não tem sido saudável. Principalmente pela parcialidade com que muitos dos órgãos de informação estão a cobri-la. Dando coisas que não correspondem à verdade, dando ênfase a coisas que não têm importância. Acho que não está a ser uma campanha correta. Para além disso, há uma candidatura que não apresentou nada de positivo, é só dizer mal de tudo e de todos”, começou por referir o presidente, comentando, em seguida, a sua relação com o seu concorrente direto. “Nem saudável, nem zero saudável. Eu não estou com o
Villas-Boas há já muitos anos. Portanto, não tem que ser saudável nem deixar de ser. Vi no documentário que apresentaram sobre mim ele a fazer grandes elogios… Toda a gente viu, no momento em fez a sua apresentação, disse que eu era o presidente dos presidentes, que tinha uma obra fantástica. De repente, candidatei-me e passou a estar tudo mal”, constatou Pinto da Costa, não deixando de comentar o facto de André Villas-Boas ter referido que havia gente a tentar aproveitar-se das suas “debilidades”. “Aproveitarem-se das minhas debilidades? Vocês é que estão, que estão aqui a bombardear-me... Não sei quais são as debilidades que ele acha que eu tenho, têm que lhe perguntar a ele. Ninguém pode dizer, nenhum de nós aqui presentes, mesmo os mais novos, que daqui a quatro anos estão aqui ou são vivos. Isso é evidente. Agora, acho que não tenho faltado a nada, tenho estado... Olhe, no outro dia almocei em Vila Real, jantei em Famalicão e no dia seguinte estava em Madrid. Se ele estava a pensar que eu tinha a obrigação de ir a pé para mostrar que estou forte, era muito longe”, disse, em tom bem humorado, o líder portista. Sobre a necessidade de uma comissão independente organizar as eleições, ideia lançada por Villas-Boas na véspera, Pinto da Costa considerou a proposta “ridícula”. “Talvez o melhor fosse meter os desempregados, era uma maneira de lhes dar trabalho. Isso é ridículo, isso é pôr em causa a seriedade de uma instituição e é ridículo”, rematou.
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“DISSE QUE EU ERA PRESIDENTE DOS PRESIDENTES. DE REPENTE, CANDIDATEI-ME E PASSOU A ESTAR TUDO MAL”, REFORÇOU