HASTA PÚBLICA SERÁ A 17 DE ABRIL
Venda de terrenos avança após aprovação em Assembleia Municipal na noite de ontem
A venda em hasta pública dos terrenos da Câmara Municipal da Maia previstos para a construção da academia do FC Porto naquele município foi aprovada, ontem, em Assembleia Municipal.
O ponto a votação foi aprovado por maioria, sobretudo da coligação ‘Maia em Primeiro’, contando-se sete votos contra do PS, além de quatro abstenções do PS, duas do Bloco de Esquerda, uma da CDU e outra do PAN. O próximo passo será a publicação da mesma em Diário da República, já no via de hoje, sendo que o FC Porto ficará a saber se será efetivamente proprietário dos terrenos, mediante a oferta que vier a fazer, no próximo dia 17 de abril. Antes da votação, foi aberta a discussão do tema, com o PS [n.d.r.: partido da oposição], através das intervenções dos seus deputados a pedir a reavaliação dos terrenos, que, como
Record adiantou, se situa em 3,36 milhões de euros, ou seja, a 23,89 euros o m2. A deputada Cristiana Carvalho, por exemplo, manifestou as suas reservas.“O PS nada tem a obstaculizar ao projeto, entendemos que traz visibilidade. Contudo, não podemos deixar de chamar à atenção para dois pequenos pormenores. Os pareceres verificados, como o do CCDR-N, com as medidas propostas pela Câmara que são consideradas insuficientes, não são vinculativos, mas gostaríamos que o presidente da Câmara esclarecesse se vai esperar pelo novo parecer. Não podemos igualmente deixar de referir que o valor por metro quadrado é manifestamente inferior à média do mercado”, disse.
Por sua vez, David Tavares, deputado independente, levantou questões sobre o facto da proposta de venda em hasta pública estar já denominada em alusão ao FC Porto. “Como é possível chamar-se já academia do FC Porto se o FC Porto ainda não comprou nenhum terreno. Nunca vi uma hasta pública onde, antes dela ser feita, já há projetos aprovados. O presidente do FC Porto já disse que vai apresentar a maqueta na quarta-feira. Se mais tarde o comprador for impedido, qual é o custo?”, questionou.
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DEPUTADOS DA OPOSIÇÃO LEVANTARAM QUESTÕES SOBRE O PREÇO DO M2, ALÉM DA DENOMINAÇÃO DO PROCESSO