SABOR AGRIDOCE SERVE DE EXEMPLO E AVISO
Selecionador aponta primeira derrota como “cheia de informação” para utilizar no Euro
A Seleção portuguesa experienciou ontem o traço amargo da desilusão pela primeira vez sob o comando técnico de Roberto Martínez. É que, na antevisão ao duelo particular contra a Eslovénia, o selecionador de 50 anos não quis entrar na cantiga dos números e possíveis recordes de vitórias consecutivas que poderia hoje conseguir com a equipa das Quinas em Liubliana e a prudência mostrou ser plenamente justificável.
Durante a partida com a Eslovénia, no primeiro golo, mas sobretudo no segundo sofrido na etapa complementar, Martínez não conseguiu esconder a desilusão e até irritação, ainda que na sala de conferência de imprensa tenha mostrado um lado mais racional e de olho no principal objetivo a curto prazo: preparar bem a equipa para o Europeu. “A Eslovénia jogou muito bem. O objetivo desta noite não era ganhar, mas experimentar. Quando
sofremos o golo a reação foi difícil. Depois destes 90 minutos estamos ainda mais preparados para o Europeu”, apontou o selecionador, antes de ser confrontando com os pecados defensivos, uma tecla na qual tanto bateu durante a antevisão. “Utilizamos uma estrutura relativamente aos jogadores e adversários. Precisamos de ser uma equipa flexível, experimentámos hoje [ontem] com quatro jogadores. É uma opção mas só em relação ao adversário”, vincou. Garantindo que este particular ajudou a ficar “cheio de informação” para a lista final do Euro, Martínez recusou falar em falta de atitude dos jogadores. “A atitude competitiva foi boa. Foi falta de procurar o espaço. Tiveram um bom trabalho e faltou ter a decisão correta”, concluiu.
*
A FRASE
“OBJETIVO NÃO ERA GANHAR MAS EXPERIMENTAR. ESTAMOS MAIS PREPARADOS”