SAD MANTÉM FOCO NOS 45 MILHÕES
Administração leonina reforçou mensagem ontem na Suíça. Decisão ainda deve demorar
çRecursos para a Relação e para o Tribunal Constitucional, penhora de salários em Milão e um processo sem fim à vista no TAS, já com escalas no Tribunal Federal da Suíça e na FIFA. Quando se pensava que a decisão do TAD português, em 2020, favorável ao Sporting, colocaria um ponto final no braço-de-ferro com Rafael Leão e com o Lille, passados quatro anos o litígio parece estar para lavar e durar, e nem o facto de o clube francês ter desembolsado por sua livre e espontânea vontade 19,7 milhões de euros, em junho último, alterou substancialmente as regras do jogo.
Já vai longa, pois, a guerra legal provocada pela rescisão de contrato do avançado, em 2018, na sequência do ataque à Academia. O mais recente capítulo teve lugar ontem em Lausanne, na Suíça. Como estava previsto, o TAS promoveu duas audiências relativas ao caso, uma por cada recurso que deu entrada no organismo na sequência de uma deliberação anterior da FIFA que confirmou o direito do Sporting a ser indemnizado pelo jogador e, co-solidariamente, pelo Lille. O clube de Alvalade recorreu porque entende que deve receber os 45 milhões de euros que estavam inscritos na cláusula de Leão; o Lille contesta e pede a devolução do dinheiro que já pagou. Foram estas, no essencial, as posições transmitidas ontem pelos representantes de cada parte. No caso concreto do Sporting, sabe Record, a administração de Frederico Varandas mantém-se inflexível e não aceitará levantar a bandeira da paz por menos do que os referidos 45 milhões de euros. O processo continuará a seguir os seus trâmites no TAS e não se prevê um desfecho rápido. Pelo contrário...
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LILLE PAGOU 19,7 M€ EM JUNHO MAS SPORTING ENTENDE QUE TEM DIREITO A RECEBER VALOR DA CLÁUSULA DE RESCISÃO