Essugo perto da Luz apesar da cotovelada
Dário Essugo ativou os mecanismos legais para poder ser opção na visita do Chaves ao Estádio da Luz, da 27ª jornada da Liga e marcada para as 18h00 da próxima sexta-feira. Depois de ter sido suspenso por 30 dias na sequência do processo disciplinar que saiu do V. Guimarães-Sporting, disputado 9 de dezembro, o médio cedido pelos leões apresentou um recurso no TAD com respetiva providência cautelar para suspender a decisão, ação que perante a impossibilidade de o tribunal desportivo dar uma resposta em tempo útil, por não ter tempo de formar um colégio, será apreciada, apurámos, pelo Tribunal Central Administrativo Sul, o famoso TCAS que já noutras situações dirimiu decisões disciplinares idênticas.
A ação do jovem futebolista, que recentemente cumpriu 19 anos, visa anular a suspensão que lhe foi imposta por uma agressão a um apanha-bolas do Vitória – chama-se Miguel Lima – no encontro supracitado, saída desse tal processo cujo acórdão se tornou público ontem: para o Conselho de Disciplina (CD) ficou provado que ao minuto 90’+2 do embate no Afonso Henriques, na zona entre o banco do Sporting e a zona de aquecimento, Essugo “agarra e puxa a bola, com violência, que o apanha-bolas tinha na mão e, ato contínuo, atinge esse apanha-bolas na boca, com o cotovelo, provocando ferimento no lábio inferior deste, que sangrou e, ainda, empurra esse apanha-bolas, provocando o seu desequilíbrio”, pode ler-se num longo documento, onde também é descrito que o próprio Dário negou, na inquirição, o que lhe é imputado. Nota ainda para Luís Neto, central do Sporting, que, também na confusão, acaba por ser absolvido, neste caso salvo pela atuação da equipa de arbitragem: alertada pelo VAR, acaba por mostrar um amarelo ao subcapitão do Sporting, decisão que não permitiu ao CD atuar em conformidade, dando primazia ao princípio ‘field of play doctrine’, sempre aplicado. Essugo foi, assim, ‘tramado’ pela vídeovigilância do estádio, além das declarações prestadas pelo apanha-bolas, que também incorre numa violação: tinha, à altura dos factos, 22 anos, sendo que o máximo regulamento para a função são... 16. E também por isso Arnaldo Silva, diretor de campo do Vitória, foi condenado neste processo, mas apenas a uma multa de 800 euros, tal como o diretor de segurança, Ricardo Marto. *