“Batalhei pela cláusula de 15 M€”
Disse que só ele, Pinto da Costa e Antero Henrique “sabem a verdade” sobre o processo
Quase 13 anos depois, ainda faz correr muita tinta a saída de André Villas-Boas para o Chelsea e o abandono da ‘cadeira de sonho’ no Dragão, pelo que ontem, após uma questão lançada por um adepto em Felgueiras, o candidato presidencial puxou a fita atrás e contou a sua versão dos factos, procurando colocar um ponto final nas dúvidas.
“Há três pessoas que sabem a verdade. O sr. Pinto da Costa, o sr. Antero [Henrique] e o sr. Villas-Boas. E há três pessoas que também sabiam que o André Villas-Boas batalhava com os clubes interessados para que pagassem ao FC Porto a cláusula de rescisão de 15 milhões de euros. De frisar, além disso, que o André Villas-Boas foi para o Chelsea receber metade do que ganha o treinador mais bem pago em Portugal e receber pouco mais do que ganhava o treinador da equipa que ficou a 21 pontos de distância do FC Porto em 2010/11 [n.d.r.: Jorge Jesus, então no Benfica]. Antes de falar do André Villas-Boas, treinador do Chelsea, é preciso ter o conhecimento total do universo da sua saída e não acreditar em determinadas coisas que só algumas pessoas dizem”, vincou o candidato às eleições do FC Porto.
O tema foi recorrente durante mais de uma década, controverso no universo portista, explorado por Pinto da Costa, e Villas-Boas admite que ainda possa existir uma divisão de opiniões. “A ferida que o André Villas-Boas, treinador do FC Porto, na saída para o Chelsea, deixou em alguns adeptos é irreparável. Em outros adeptos, essa ferida já sarou e são esses adeptos que recebem o Villas-Boas de braços abertos”, disse, salientando os apoiantes da sua candidatura.
Cultura de vitória
Por outro lado, lançando um olhar sobre os últimos anos desportivos do FC Porto, o candidato presidencial manifestou a sua preocupação pelo facto de a equipa não ter vencido campeonatos com a regularidade que a história do clube exige. “Três títulos em 10 anos não é a nossa cultura, estamos a perder essa capacidade competitiva. Aí podem contar comigo em absoluto, sei precisamente o que é ser Porto e sei a pressão que vão colocar sobre a direção relativamente ao futuro. Não vou para o FC Porto para perder, era o que mais faltava senão cumprisse esse requisito”, vincou, em resposta a um adepto portista. *