KÖKÇÜ EM QUEDA E ISOLADO
Médio continua a exibir sinais de desagrado numa altura em que está com menos espaço na Luz
Numa altura em que atravessa o período de menor utilização no Benfica e depois de ter contestado a forma como tem sido utilizado por Roger Schmidt, Kökçü faz questão de mostrar sinais de isolamento e descontentamento. Anteontem, uma hora antes do arranque do dérbi, o médio, de 23 anos, subiu ao relvado de Alvalade em conjunto com alguns colegas, mas não esteve para grandes conversas. O jogador dirigiu-se rapidamente para o banco de suplentes, onde ficou sozinho durante vários minutos. Os restantes companheiros conversavam no centro do campo, enquanto a maioria estava no balneário, onde Kökçü também preferiu não estar nessa altura.
O camisola 10 só esboçou o primeiro sorriso e mostrou disponibilidade para conversar quando Carreras foi ao seu encontro. Já depois, durante o aquecimento, Kökçü fez os exercícios de forma normal com os restantes suplentes. A entrevista dada ao ‘De Telegraaf’ – na qual o internacional turco não só contestou o papel que lhe é dado por Schmidt mas também apontou a diferença de estatutos entre alguns jogadores – ainda faz mossa, aparentemente. Basta olhar para a utilização desde a divulgação desse conteúdo, a 16 de março.
Em 4 jogos, o centrocampista atuou, no total e de forma oficial, apenas 9 minutos: ficou fora da ficha de jogo frente ao Casa Pia, precisamente por causa dessa entrevista, entrou aos 82’ diante do Chaves, não saiu do banco na 2ª mão das meias-finais da Taça de Portugal, diante do Sporting, e, anteontem, entrou apenas no tempo de compensação, logo depois do segundo golo leonino. Aliás, neste último dérbi, Kökçü só teve tempo para dar um toque na bola... e perdeu-a imediatamente para St. Juste. Já em cima do apito final, deu um toque na perna de Gyökeres, o que despoletou um atrito entre alguns jogadores das duas equipas. Antes da entrevista à publicação holandesa, refira-se, Kökçü já tinha sido suplente na 2ª mão dos oitavos-de-final da Liga Europa frente ao Rangers, tendo jogado apenas 25 minutos, mas esse era um estatuto raro no percurso do ex-Feyenoord, desde a chegada à Luz.
Até à visita a Glasgow, o médio foi titular em 29 dos 35 jogos em que participou. Em outubro, foi suplente utilizado na derrota caseira frente à Real Sociedad (0-1). Depois, o centrocampista contraiu uma fascite plantar no pé direito e, quando voltou, saltou do banco em mais 3 jogos, diante de Famalicão (2-0), Inter (3-3) e Moreirense (0-0). De resto, o jogador mais caro da história do futebol português - foi contratado ao Feyenoord por 25 milhões de euros , mais 5 M€ por objetivos não saiu do banco frente a Gil Vicente (3-0) e também na receção ao Rangers (2-2).
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TURCO VOLTOU A SER SUPLENTE FRENTE AO SPORTING E SÓ CONSEGUIU TOCAR UMA VEZ NA BOLA... MAS PERDEU-A LOGO