UM OLÁ AOS ADEPTOS NA CRENÇA NO TÍTULO
Voltou a pedir calma mas não ficou indiferente: “É inacreditável o barulho, a alegria das pessoas...”
O esforço de Rúben Amorim em não festejar antes do tempo é notório e o treinador voltou a colocar os pés no chão quanto à questão do título que está aí ao virar da esquina, começando a conferência de imprensa por um natural agradecimento. “Agradecemos a todos os adeptos. É inacreditável o barulho, a alegria das pessoas. O jogo ajudou muito, toda a gente a festejar durante 60 minutos porque resolvemos cedo. Claro que é importante estar em primeiro e agora todos têm de voltar para casa e depois voltarmos todos para Famalicão”, pediu, seguindo de pronto para a questão do título, palavra que, em boa verdade, nunca disse: “Nós acreditamos ainda que podemos não ganhar. Isso é o mais importante. Não interessa o que os outros pensam. O bom é que acreditamos muito mais que podemos ganhá-lo.” “Temos sempre de ter isso na cabeça, porque vamos ter mais dias difíceis. Que estamos mais perto, estamos”, repetiu, fazendo questão de lembrar a diferença de ambiente num estádio onde “há cerca de um ano” viu a sua equipa “a ser eliminada” por outra da “terceira divisão”. Esse jogo da Taça de Portugal, frente ao Varzim, de resto, “entrou na palestra”, como admitiu o treinador dos leões. “Somos muito melhores do que no ano passado, mas dada esta feito”, lembrou, assumindo “um sentimento diferente, mas o futebol muda muito rápido”.
Rúben Amorim disse ainda que aproveitou a vantagem cedo neste jogo “para experimentar coisas”. “Quem precisava de jogar e quem precisava de sair. Porque temos batalhas a seguir. Esta não
estava ganha, mas estava controlada e correu tudo bem”, assinalou, olhando já para “um jogo muito difícil” que prevê para Famalicão na rota de um título que os leões estão determinados em “não deixar escapar.” “Importante é manter a calma e estamos preparados para dias menos bons como o do Rio Ave”, lembrou, em jeito de aviso à navegação.
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“NÓS ACREDITAMOS AINDA QUE PODEMOS NÃO GANHAR. O BOM É QUE ACREDITAMOS MUITO MAIS QUE PODEMOS GANHÁ-LO”