Record (Portugal)

PENÁLTI SOBRE TAREMI

- Iturralde González antigo árbitro internacio­nal espanhol

1 Para mim é penálti claro sobre Taremi. O defesa do Famalicão [Mihaj] quer ir à bola, mas não chega a tocá-la e estica a perna à frente do avançado, colocando-se assim no caminho de Taremi. Derruba-o e faz falta.

2 É uma falta normal em futebol e nada mais que isso.

Nem todos os pisões devem ser admoestado­s e aqui não há nenhum ataque prometedor. Os dois jogadores vão à bola, um [Zaydou ] chega um pouco mais tarde e atinge o adversário [Nico González], mas tão pouco o pisa de forma temerária. É uma ação normal de jogo, por isso não devia ter visto amarelo.

3 O jogador do FC Porto atinge com a cabeça o seu adversário.

É um vermelho claro para Evanilson, que bate com a cabeça, mas o visado, o defesa do Famalicão [Mihaj], se virmos o início da jogada, coloca o corpo e vai procurar o confronto. Portanto, é um cartão vermelho para quem ataca com a cabeça e um cartão amarelo [n.d.r.: também foi exibido] para o jogador do Famalicão, porque é ele quem começa. Um jogador [Evanilson] não pode fazer este gesto e dar a oportunida­de ao árbitro de equivocar-se. Há um movimento à cara do adversário, mesmo que este simule, como simulam todos os jogadores. Mas o avançado, com esta ação, facilitou a vida ao árbitro.

4 Para mim, não é suficiente para marcar falta e anular o golo.

O jogador do Benfica [João Mário] tenta travar o adversário [Ofori] e depois avança. Não é suficiente, pelo que o golo é legal.

5 Não é penálti de Alanzinho.

É certo que a bola vai à mão do defesa, mas ele está no solo, em posição natural de apoio, para tentar evitar o remate de Arthur Cabral. Ele está a meio metro da bola e a ação não é punível. A mão não ocupa um espaço não natural e o corpo dele não aumenta.

6 Está muito no limite de ser penálti.

O defesa do Sporting [Esgaio] não abre muito o braço, está a fazer o movimento e tem o braço muito junto ao corpo. Não deixa de ser uma jogada muito duvidosa, mas se o árbitro decidiu assim há que apoiá-lo, foi esse o seu critério. Não é uma mão que possamos dizer que, como está o critério arbitral, há que assinalar. Está no limite, mas eu ia mais por não assinalá-la. Não sou de apitar este tipo de mãos.

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