O OGRE CONTRA O MITO
Bayern e Real Madrid começam hoje a discutir o acesso à final. Eis um repasto digno dos deuses
çO Ogre contra o Mito ou Golias contra Golias! A Allianz Arena é hoje o palco do delicioso duelo entre o Bayern e o Real Madrid, digno de um principesco repasto num restaurante de três estrelas Michelin. O acesso à final da Liga dos Campeões começa esta noite a ser discutido em Munique numa partida onde existirá uma gigantesca constelação no relvado. De Neuer a Kane, passando por Kimmich, Sané, Musiala e Guerreiro. Ou de Rüdiger a Rodrygo, não esquecendo Kroos, Camavinga, Bellingham e Vinícius. Como diria o anúncio: há craques para todos os gostos e feitios! Favorito? Não há... se bem que o Real Madrid tenha vencido o Bayern nos últimos três jogos em que o enfrentou na Allianz Arena.
O que dizem os crânios sobre o desafio desta noite? Jogam à defesa, claro. Thomas Tuchel, o anfitrião, sabe que o Real Madrid dobra de tamanho quando escuta o hino da Champions, prova que já conquistou 14 vezes. O Bayern, esse, conta seis Orelhudas. “Jogaremos contra a camisola e contra o mito. É um jogo de enorme cartel, uma meia-final muito digna. Não sei se é o maior jogo do Mundo, os fãs do Man. United e do Liverpool talvez achem que não. São duas finais antecipadas [a 1.ª e a 2.ª mão]. Portanto, escolherei um onze digno de uma final”, sublinha o treinador do Bayern, referindo que só hoje tomará uma decisão quanto à utilização de Musiala e Sané. Fora da partida ficam certamente De Ligt e Upamecano.
História e camisolas pesam
Carlo Ancelotti, o visitante que conhece bem o local do crime [orientou o Bayern entre julho de 2016 e setembro de 2017], constata o inigualável pedigri do Real Madrid na Champions. “Ninguém sobrevaloriza o Real nesta prova. Toda a gente sabe aquilo que podemos fazer. Todo o mundo nos respeita. A história conta bastante na Champions e isso joga claramente a nosso favor. Tal como a história, a camisola tem um peso nesta competição. Estamos confiantes. Será muito importante defender bem, evitar contra-ataques e atacar bem. Uma meia-final requer uma exibição completa. Nada pode falhar”, explica o treinador do Real Madrid.
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