A partir dos 2 milhões é o silêncio
Amaior dificuldade com que a nossa repórter Raquel Lito deparou para escrever o tema de capa foi encontrar proprietários de imóveis de luxo que aceitassem dar uma entrevista sobre o historial das casas e a conjuntura favorável à venda. Alguns disseram que sim e recuaram; outros disseram logo que não. A consultora Alexandra Viveiros (da agência Re/Max Collection) explicou-nos porquê: a partir dos 2 milhões de euros começam a levantar entraves à divulgação da venda e preferem privilegiar clientes estrangeiros numa base individual. Com os compradores também não foi mais fácil, mas houve quem aceitasse abrir portas e mostrar as suas casas. Há spas privativos, jardins envidraçados, salas de cinema, salões de festas e vistas de mar. Espreite, nas páginas 30 a 46.
Memórias por todo o lado
“É a minha neta. É linda, não é?” Maria Antónia Palla mostrava à nossa editora Maria Henrique Espada uma foto do seu marido, Manuel Pedroso Marques, com Catarina Costa. Aos 84 anos, a sala da casa da mãe do primeiro-ministro, junto ao parlamento, está cheia de memórias: com o filho, com os dois netos, um mármore de Cargaleiro que a representa, na parede um óleo de Isabel Laginha, que dirigiu a escola que o filho frequentou na infância, fotos de Eduardo Gageiro e Alfredo Cunha. Conta Maria Henrique Espada: “Recebeu a SÁBADO durante quatro horas, nunca acusou cansaço – nem quando a câmara esgotou a memória do cartão, nem quando a hora de jantar foi ultrapassada. Só pediu desculpa pelo barulho lá fora (os alunos do ISEG, ao lado, andavam em festejos de início de ano lectivo). ‘E nem é dos dias piores... Andam na universidade mas muitas vezes é Quim Barreiros horas a fio’, desabafou. Percebe-se que não goste. Afinal, entrevistou Jacques Brel.” Para ler nas páginas 47 a 52.
A fase do rapaz-calendário
Depois de fazer uma volta a Portugal em busca das casas mais caras, Raquel Lito achou que precisava de algo completamente diferente e combinou uma entrevista com Reynaldo Gianecchini. Encontrou o actor brasileiro recém-chegado de uma travessia transatlântica mas sem acusar cansaço. E encontrou-o também num momento zen, com mestres espirituais hindus e a apontar o seu signo do zodíaco – Escorpião – como elemento de definição: “Porque é um signo da intensidade. Vai até ao fundo do poço, mas também vai ao céu. É um signo de gente que gosta de tintas fortes, não gosta de nada mais ou menos. Ou é quente ou é frio, meio-termo não existe. Eu gosto. Adoro essa energia.” Na conversa que publicamos (páginas 70 a 74), esta nova etapa de espiritualidade do actor está bem presente. Houve um momento bem pouco espiritual: ele deixou cair o gravador, as pilhas espalharam-se pelo chão… Uma hora e sete minutos de entrevista poderiam ter desaparecido e Gianecchini mostrou preocupação. Mas o registo salvou-se.
Há spas privativos, jardins envidraçados, salas de cinema, salões de festas e vistas de mar. Faça o favor de entrar connosco em algumas das casas mais caras de Portugal