Só jogos a valer, s.f.f.
Amigáveis ou particulares? Nenhum deles. Basta recordar
os jogos vs. Brasil, em 1975, Angola (2001) e Kuwait (2007). Amigáveis. Antes, é assim que se diz sobre um jogo marcado entre dois países. A expressão perde completamente a força em 2001, a partir daquela noite do Portugal-Angola. Em Alvalade, à euforia dos angolanos pelo golo madrugador de Mendonça aos 47 segundos segue-se um triste espectáculo dentro e fora do relvado, com cadeiras pelo ar e vermelhos a voar.
As sucessivas entradas a varrer equivalem a quatro cartões vermelhos para os angolanos e a lesão de Hélder Vicente precipita o fim do jogo aos 70 minutos numa atitude totalmente indigna e sem precedentes.
Seis anos depois, em Junho de 2007, no 60º jogo de Scolari, a selecção visita o Kuwait. Até aqui, tudo bem. O problema é que o Kuwait faz-se representar pelo Al Salmiya, 3º classificado do campeonato local, desfalcado dos quatro estrangeiros do plantel, devidamente reforçados com quatro jogadores de outros clubes daquele país. Como se isso fosse pouco, Portugal só consegue marcar aos 72 minutos, por João Tomás. Um-zero, vá.
O pior está por vir. Aos 88’, num livre directo a 25 metros, um tal Sulman Al Shakire fixa o empate. Por pouco, muito pouco, não se repete a vergonhosa derrota de 1975, com a selecção de Goiás mascarada de Brasil. Amigáveis ou particulares, não obrigado.