REVIVER O PASSADO COM OS LAMB
São velhos amigos dos portugueses, uma daquelas bandas que atingiram um sucesso moderado pelo mundo, mas no nosso País ascenderam ao estatuto de estrelas de culto desde o primeiro concerto, na Aula Magna, em 1997. Há outras, mas nenhuma tem um caso de amor com o público nacional tão expressivo como os Lamb, que não por acaso escolheram os coliseus do Porto e de Lisboa para fecharem a sua mais recente digressão – Twenty-One, a celebrar os seus 21 anos de carreira – a 13 e 14 de Novembro. Na bagagem, o duo formado pelo mago da electrónica Andy Barlow e a cantora celestial Lou Rhodes trazem êxitos editados desde o álbum homónimo, de 1996 – a começar por God Bless, Little Things (de Fear of Fours, 1999), Gabriel (de What
Sound, 2001) ou Angelica (de Between Darkness and Wonder, 2003) e a percorrer até a segunda vida da banda, após o interregno de 2004 a 2009, com canções de 5, o disco de 2011 que motivou a sua última visita a Portugal, e Backspace
Unwind, lançado em 2014 e até hoje nunca apresentado ao vivo em solo nacional. Esperam-se enchentes, tanto em Lisboa como no Porto, para reviver os tempos em que o drum’n’bass – à base de batidas hipnóticas – deixou a sombra da cena musical underground de Manchester – onde nasceram os Lamb – e, à conta deles, se tornou um género popular em todo o mundo. v