QUINTA DA LAGOALVA
“O senhor António trabalha na quinta há 55 anos. Já estava reformado, mas quando o chamámos para conduzir a charrete aceitou de imediato”, conta Vânia Moreno, responsável pelo enoturismo da Quinta da Lagoalva. Foi, pois, com um passeio pelos 35 hectares de vinha que começou a visita à quinta, pela manhã, com o sol nascente a bater de lado na charrete conduzida habilmente pelo senhor António. Antes de chegar à vinha, a charrete passou pela plantação de milho e pelo olival novo, em sistema de produção intensiva, cuja produção se destina a Itália. Ao fundo vislumbram-se já as oliveiras antigas plantadas há 200 anos pelo bisavó da actual geração da família Campilho que lidera os destinos desta quinta a 11 quilómetros de Santarém, do outro lado do rio. Nas vinhas já não há uvas e poucas folhas restam, consequência da vindima mecânica. Nas vinhas velhas, mais à frente, a apanha ainda é feita à mão. O passeio faz parte de um programa de duas horas que custa €15 e inclui visitas à capela, à adega – onde é explicado como são feitos os vinhos com as castas Sauvignon
NAS VINHAS JÁ NÃO HÁ UVAS E POUCAS FOLHAS RESTAM, CONSEQUÊNCIA DA VINDIMA MECÂNICA. NAS VINHAS VELHAS A APANHA É FEITA À MÃO
Blanc, Alvarinho, Arinto, Fernão Pires, Verdelho e Chardonnay nos brancos, e Touriga Nacional, Alfrocheiro, Tinta Roriz, Cabernet Sauvignon, Syrah, Tannat e Castelão nos tintos –, à cavalariça e ao picadeiro. Termina com uma prova acompanhada de pão, queijo, azeite e chouriço. Para grupos de oito ou mais pessoas há a possibilidade de almoçar na quinta.