OS TRÊS QUARTOS DA QUINTA DO PILOTO
ALÉM DE PRODUZIR VINHO, ESTE ENOTURISMO EM PALMELA FOI INAUGURADO EM SETEMBRO
A história deste vinho começa com autocarros. Não de transporte de barricas, mas de passageiros. Não tivesse Humberto Cardoso enriquecido com a empresa Auto-Cars Palmelense, uma das primeiras no País e pioneira a criar uma carreira internacional (de Cacilhas a Sevilha), não existiria vinho Quinta do Piloto. Humberto Cardoso vendeu a empresa e decidiu apostar no vinho. Comprou três herdades e construiu as adegas da Quinta do Piloto e da Serra. É na primeira que se encontra um dos enoturismos mais recentes da região. “Com o sucesso das nossas visitas, provas e eventos, faltava o alojamento onde quem nos visita pudesse desfrutar da magnífica vista e do ambiente circundante em pleno Parque Natural da Serra da Arrábida”, diz à SÁBADO Filipe Cardoso, enólogo e a quarta geração da família. Transformada em hotel com apenas três quartos, é na antiga adega que acontecem várias provas de vinhos, algumas com produtos regionais, como o queijo de Azeitão seco e amanteigado, pão caseiro, enchidos e conservas de Setúbal. Em 2013, a Quinta do Piloto passou a apostar nas marcas. Filipe Cardoso criou três gamas: Quinta do Piloto (com Moscatel de Setúbal e Roxo), a Piloto Collection e os Colecção de Família branco e tinto. Com 230 hectares de vinhas, desses cerca de 30 de vinhas velhas, a produção anual é de 40 mil litros.