Comprimidos no Líbano
Quando comprou umas calças de ganga no Sul do Líbano, em 2012, o jornalista Tiago Carrasco foi surpreendido com o que estava num bolso: um blistercom quatro comprimidos azuis e uma embalagem com caracteres chineses e um foguetão a descolar. “Foi a primeira vez que vi um potenciador sexual ilegal e estava longe de imaginar que dali a cinco anos ia escrever um artigo de capa sobre esse assunto para a SÁBADO”, lembra. No último mês, a investigação levou-o a acompanhar acções de fiscalização da ASAE em sex shops, a visitar os laboratórios do Infarmed e da Polícia Judiciária, a entrevistar o chefe de segurança da farmacêutica que produz o Viagra, e a falar com sexólogos e consumidores: houve homens infelizes porque foram parar às urgências devido a estes produtos; e outros que estão contentes porque isso lhes devolveu a vida sexual. No fim, ficou espantado com a gigantesca dimensão do mercado negro dos comprimidos para o sexo (uma inspectora da ASAE revelou-lhe que as redes criminosas por trás da circulação desses produtos também estavam ligadas à lavagem de dinheiro e à pornografia infantil). E só lamenta que após tantas pesquisas agora tenha o computador cheio de anúncios de medicamentos para a disfunção eréctil e a caixa de email invadida por spam. Para ler nas páginas 32 a 42.
A Eurovisão (ainda) e o Natal
“Oh não, uma pessoa nunca se livra da Eurovisão.” Foi assim que Luísa Sobral reagiu, a certa altura, na conversa com a jornalista Lucília Galha. Contactada pela SÁBADO, fez um balanço dos seis meses após a vitória dela e do irmão, Salvador Sobral, no Festival da Canção, e falou do que mudou na sua vida. Como os muitos concertos que fez no Verão e os milhares de mensagens que ela e o irmão recebem. A “invasão” piorou desde que Salvador Sobral foi internado, à espera de um transplante de coração: “Às vezes as pessoas não têm noção do que enviam, são coisas muito duras.”
Luísa Sobral também revelou os novos projectos, como lançar um disco em 2018. Para já, está a gravar uma canção para uma campanha solidária dos centros comerciais da Sonae, que vai dar presentes a crianças de instituições. Mas a nível pessoal esta época vai ser especial, porque vai fazer pela primeira vez a árvore de Natal com o filho, que tem um ano e meio. Uma entrevista a ler nas páginas 74 a 76.
Vinhos do Alentejo
Na nossa viagem pelas paisagens vínicas portuguesas, esta semana chegamos ao Alentejo, que representa 46,4% do mercado dos vinhos nacionais. Dada a sua extensão, fizemos duas edições, sendo esta primeira parte dedicada a Portalegre, Borba, Estremoz e Redondo, zonas influenciadas pelo microclima das serras de Ossa e São Mamede, e por isso mais frescas e húmidas. Na próxima semana será a vez das sub-regiões de Évora, Reguengos de Monsaraz, Vidigueira, Moura e Granja-Amareleja.