JLO, O EXONERAD
Acreditava-se que a família dos Santos era intocável. Mas o novo Presidente angolano acabou com
No dia 3 de Novembro, quando foi recebida ao fim da tarde no Ministério dos Petróleos, situado na avenida Marginal de Luanda, a saída de Isabel dos Santos da Sonangol ficou traçada. A então presidente da petrolífera chegou à hora marcada para o encontro, mas teve de esperar mais de meia hora para ser recebida pelo ministro da tutela, Diamantino de Azevedo, e pelo secretário de Estado dos Petróleos, Carlos Saturnino. Um tratamento distante a que não está habituada e se prolongou durante a audiência, curta, de 20 minutos. Isabel dos Santos compreendeu o destino que lhe estava reservado. Para Carlos Saturnino – que em Dezembro de 2016 tinha sido demitido da presidência da comissão executiva da Sonangol Pesquisa e Produção por “debilidades na gestão e consequente desvio de fundos” foi também uma vingança servida em prato frio. Nesse dia, alguns meios de comunicação social portugueses foram apanhados pela teia de intriga tecida em Angola e noticiaram a exoneração de Isabel dos Santos da Sonangol. A informação JOÃO LOURENÇO PROMETEU ACABAR COM A CORRUPÇÃO foi desmentida pela empresa e pela presidência da República de Angola. Afinal, era apenas uma verdade dita antes de tempo. Os pratos da balança inverteram-se 12 dias depois. A 15 de Novembro, Isabel dos Santos foi demitida através de um decreto presidencial de João Lourenço, o qual nomeou Carlos Saturnino para a substituir. Caía o mito de que a família do anterior Presidente era intocável.
No mesmo dia, num outro despacho presidencial, João Lourenço cortou as amar-
AGUARDA-SE PELO AFASTAMENTO DE ZENU DA DIRECÇÃO DO FUNDO SOBERANO DE ANGOLA