Desculpas e problemas
Para o nosso trabalho de capa das crianças ditadoras, nem pedopsiquiatras, nem psicólogos infantis e/ou educacionais se mostraram disponíveis para arranjar casos clínicos de filhos tiranos – ainda que os tenham em cada vez maior número. As jornalistas Raquel Lito e Maria Espírito Santo ouviram desculpas diversas: ou falta de tempo, ou tratar-se de um assunto demasiado delicado, ou protecção dos pacientes. Foram dezenas de recusas e pareceu evidente que muitas delas tinham a mesma justificação – e que era afinal outra completamente diferente, a polémica do programa SuperNanny. Depois de suspensa a transmissão do terceiro episódio, o julgamento da suspensão ficou marcado para esta quinta-feira, 15, num tribunal de Oeiras. Apenas um psicoterapeuta, Miguel Mealha Estrada, aceitou falar com a mãe de um miúdo que trata para que ela desse uma entrevista. Os outros casos surgiram através das redes sociais. E foi mais fácil. Minutos depois de a Raquel Lito ter publicado um post sobre o tema do artigo, num grupo fechado da rede social (Mães a Tempo Inteiro, que tem 13 mil membros), começaram a chegar depoimentos de mães com problemas.
Sobram sempre histórias
Quando uma vida é tão rica como a de Tozé Brito, uma entrevista nunca basta para a revelar toda. A conversa do autor e cantor com a jornalista Rita Bertrand, que pode ler a partir da página 82, tem muitas histórias incríveis, mas não está lá a da descoberta dos Táxi, que ele foi ver em 1981, ao Colégio Alemão do Porto, acompanhado por António Avelar Pinho, quando estava na editora Polygram. Viu, gostou e propôs-lhes contrato imediato. “Chegámos ao fim do espectáculo, descemos ao camarim e dissemos: ‘Queremos fechar contrato convosco.’ Eles achavam que era só para um single, que era como todos começavam. Mas eu fiz-lhes esta proposta: não há singles, vamos directos para o álbum se vocês passarem isto tudo para português.” Sim, Chiclete e Vida de Cão, grandes êxitos da banda do Porto, já existiam, mas em inglês. Todo em português, o álbum Táxi havia de se tornar o primeiro disco de ouro do chamado rock português.
Uma colecção imperdível
O século XX foi o das mais cruas guerras – e o dos mais extraordinários avanços científicos. A revista Time saiu pela primeira vez para as bancas no dia 3 de Março de 1923 (vai fazer 95 anos e é, em papel, a sobrevivente das grandes newsmagazines históricas) e fez a sua crónica como poucas. Para mais, juntou ao seu espólio o de outra publicação histórica, a Life, nascida em 1883 e que acabou como semanário em 1978. É deste arquivo fabuloso que saem os cinco livros de 96 páginas que oferecemos, grátis, com a SÁBADO, já a partir da próxima edição. Leia tudo, em pormenor, nas páginas 16 a 19.