SÁBADO

“Faltam-nos clubes de rock”

Os Dapunkspor­tif lançaram um novo disco e vão apresentá-lo ao vivo. Levámos o guitarrist­a da banda a passear por Lisboa e passámos pelo Sabotage, no Cais do Sodré, onde vão tocar este sábado, dia 17

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2018 É UM ANO DE CELEBRAÇÕE­S para os Dapunkspor­tif: comemoram 14 anos de actividade e editaram recentemen­te Soundz of Squeeze’o’phrenia, o seu mais recente álbum, quase seis anos depois do último, Fast Changing World. Este sábado, dia 17, vão tocar no Sabotage, em Lisboa, portanto fomos com o guitarrist­a João Guincho visitar este clube onde vão apresentar o disco, antes de seguirem em digressão pelo País. Conversa alongada pelo trânsito lisboeta, houve tempo para falar das músicas novas, dos concertos que se seguem e do sonho concretiza­do que foi tocar no Coliseu dos Recreios, a abrir para os Xutos & Pontapés, há alguns anos. Com mais de 20 anos de carreira, João é um veterano do panorama musical, que tem no currículo três bandas de relevo – os Pigs in Mud, Dias de Raiva e Dapunkspor­itf – e em todas elas está bem vincado o espírito do rock and roll, a grande paixão musical do guitarrist­a, que está “ansioso por voltar ao Sabotage” porque sente que esse espírito subsiste ali, apesar de todas as certidões de óbito que já passaram ao género. “O palco podia era ser um bocadinho maior”, diz, rindo, realçando que a banda fica um pouco contida pela falta de espaço, mas assegura: “O Sabotage tem tudo o que um clube de rock tem de ter!” E só lamenta que não haja mais lugares como este em Portugal: “Nós temos uns festivais mesmo muito bons, mas faltam-nos clubes de rock.” Os Dapunkspor­tif vão dar concertos pelo País ao longo deste ano, para promover o novo trabalho, motivo de alegria para João Guincho, que sente que a sua melhor música é mesmo aquela que faz ao vivo – a banda já actuou em alguns dos maiores festivais do País, como o NOS Alive e o Super Bock Super Rock. Mas João confessa que é outro o espaço onde mais gostou de tocar: “Os Xutos providenci­aram-me a realização de um dos meus sonhos, que foi tocar no Coliseu dos Recreios.” Fica ainda um sonho por concretiza­r, mas do qual João Guincho não abdica: “O que eu gostava mesmo de fazer era digressões, não só nacionais como internacio­nais, e poder mesmo só viver da música.” Por enquanto, não pode abdicar do trabalho como professor de Educação Física, actividade também da outra metade da banda, Paulo Franco.

Esta rubrica tem o apoio à produção da Smart

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JOÃO GUINCHO (DAPUNKSPOR­TIF)

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