SÁBADO

Uma estátua para Ricky

- Rui Miguel Tovar

O nigeriano assina 66,6% dos 45 golos do Boavista no campeonato de 1991-92

e arrebata a Bola de Prata de melhor marcador.

Richard Daddy Owubokiri. Assim é impossível chegarmos lá. Então e se escrevermo­s cinco letras mágicas: R-i-c-k-y? Ah, ah!, gotcha. Ricky, claro que sim. É um craque da cabeça aos pés, goleador por excelência.

Na época 1991-92, comete a proeza de assinar quatro hat tricks, três dos quais em vitórias por 3-0, vs. Penafiel (14 de Setembro), Paços (1 de Dezembro) e União da Madeira (2 de Fevereiro). O outro é um excitante 4-4 em Chaves (26 de Abril). Pelo meio, Ricky assina cinco golos num 5-0 ao Estoril (22 de Março). No fim do campeonato, o Boavista é recompensa­do com o terceiro lugar, atrás de FC Porto mais Benfica e à frente do Sporting. Contas feitas, Ricky é o rei do golo com um total de 30.

E o Boavista, quantos? Prepare-se, 45. Só? Exactament­e, Ricky, 30; JVP, 8; Tavares, 3; Barny, Nogueira, Casaca e Nelo, todos com 1. Ou seja, Ricky marca 66,6% dos golos. Nunca visto, jamais repetido. Nem Jackson no FC Porto, Jardel no Sporting ou Jonas no Benfica (isto sem sairmos da letra jota). Se quisermos ir mais longe, até podemos incluir a influência de Ricky na Taça de Portugal 1991-92. Até à meia-final, quatro jogos e zero golos. Daí para a frente, é um fartote. Bis ao Benfica na Luz (2-1) e golo da vitória no Jamor vs. FC Porto (2-1).

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