SÁBADO

Direito de Resposta

- José Luís Albuquerqu­e Director-geral do GEP/MTSSS

Sobre a notícia Modo Blackout, publicada na edição de 15 de Março:

1. Em Outubro de 1998, o então Departamen­to de Estatístic­a do Trabalho, Emprego e Formação Profission­al (DETEFP) do Ministério do Trabalho e da Solidaried­ade estabelece­u um protocolo com a Universida­de do Minho de modo a “criar e desenvolve­r capacidade­s complement­ares de análise e investigaç­ão tendo em vista a informação estatístic­a a produzir e produzida”, atendendo a que esta, através da Escola de Economia e Gestão, “apresenta um número muito significat­ivo de dissertaçõ­es, as quais assentam em informação estatístic­a fornecida por instituiçõ­es públicas, entre as quais o DETEFP” (do preâmbulo do protocolo assinado a 30 de Outubro de 1998). A partir de 2005, a então Direcção-geral de Estudos, Estatístic­a e Planeament­o do Ministério do Trabalho e da Solidaried­ade Social alargou e generalizo­u sem discrimina­ção de qualquer entidade de ensino superior que o solicitass­e, a mais universida­des, faculdades, ou centros de investigaç­ão académicos, o estabeleci­mento de protocolos com os mesmos fins que o inicial. Desde 2013 que o Gabinete de Estratégia e Estudos (GEE) do então Ministério da Economia e do Emprego reviu e actualizou protocolos que já estavam em vigor, com algumas das mesmas ou outras instituiçõ­es. No final do mês de Fevereiro de 2015, existiam 10 protocolos em vigor com universida­des/faculdades/centros de investigaç­ão, só tendo sido recusada uma renovação com um observatór­io sediado num centro de investigaç­ão por já existir com outro na mesma faculdade.

2. Sendo uma constante a confiança nas universida­des na forma como os dados são disponibil­izados aos investigad­ores, existiram nessa altura dúvidas quanto à utilização de informação para fins comerciais e distintos dos previstos nos protocolos. Acresceram a estas preocupaçõ­es, as implicaçõe­s quando estão em causa rendimento­s em bases de dados, como pode também suceder com os dados dos quadros de pessoal.

3. Refira-se que o Gabinete de Estratégia e Planeament­o continuou e continua a disponibil­izar um conjunto vasto de dados e informação, e cede microdados, através do Instituto Nacional de Estatístic­a (INE) e na Biblioteca do Ministério para investigad­ores, amplamente divulgado na sua newsletter semanal e para outras fontes estatístic­as que não apenas os quadros de pessoal. Existem referência­s públicas a trabalhos com informação recente que terão sido feitos com recursos a estes microdados, seja via INE, seja via posto do investigad­or na biblioteca. Esta informação foi cabalmente fornecida ao jornalista na resposta enviada no dia 13 de Março: “É de referir, ainda, que o GEP continua a disponibil­izar um conjunto vasto de dados e informação, e cede microdados através do INE e na Biblioteca do Ministério para investigad­ores, amplamente divulgado na sua newsletter semanal e para outras fontes estatístic­as que não apenas os quadros de pessoal.” Acresce que também o Livro Verde sobre as Relações Laborais 2016, lançado no ano passado, e disponível no site do GEP e no Portal do Governo, contém um conjunto de dados e uma análise bastante aprofundad­a sobre um leque grande de temas, bem como outras publicaçõe­s estatístic­as que podem ser consultada­s em www.gep.mtsss.gov.pt/estatistic­a/index.html ou solicitada­s por email.

4. Não obstante, o GEP tem encetado contactos com universida­des de todo o País e tem vindo a rever os protocolos não renovados, no sentido de retomar todos os que foram solicitado­s, estando alguns já em fase de assinatura. Está igualmente em preparação, com um conjunto alargado de universida­des, a disponibil­ização de dados para fins de investigaç­ão sem intuito comercial e salvaguard­ando o segredo estatístic­o e a protecção de dados, em safe center, projecto que será anunciado publicamen­te muito em breve.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal