Quantos são os Mello?
Foi em Julho que a editora Ana Taborda falou pela primeira vez com o Grupo José de Mello sobre o tema de capa desta semana. Pedro de Mello disse que a família tinha, naquela altura, 113 membros. Agora em Novembro, quando voltaram a conversar, corrigiu o número de familiares: os Mello são, agora, 114. Dias depois, na sessão fotográfica que fez para a SÁBADO e enquanto falava com o fotógrafo Alexandre Azevedo dos tempos em que se fechava na cave de casa a revelar fotografias, o vice-presidente do Grupo José de Mello voltou a fazer contas – e revelou que até ao Natal deste ano os Mello passarão a ser 115. Uma das histórias de família e sucessão e dos rituais de educação e transmissão de poder que pode ler nas páginas 30 a 42 – e que envolvem conselhos de família, protocolos e regras formais ou não escritas.
Um ano a coleccionar menus
A génese do trabalho sobre a influência das estrelas Michelin nos preços dos restaurantes é ainda mais antiga. O jornalista Marco Alves diz que o artigo nasceu na verdade em 2014 quando leu um artigo no diário espanhol El País sobre os prémios Michelin. Mas foi só em 2016 que começou a recolher cartas, um processo que durou cerca de um ano. No final, tinha três de cada um dos restaurantes, essenciais para perceber, no trabalho que publicamos nas páginas 72 a 75, se é mesmo verdadeira a velha teoria de que quando um restaurante ganha a estrela aproveita-se para aumentar os preços.
“Alô? Daqui Hong Kong”
Num dia deste mês, o telemóvel da subeditora Vanda Marques tocou às 6h57. Era o enólogo Jaime Quendera, responsável por exemplo pelos vinhos da Casa Ermelinda de Freitas e Adega de Pegões. Queria esclarecer dúvidas que lhe tinham sido colocadas na véspera por email a propósito de uma entrevista de uma hora, seguida de uma visita à adega e à linha de engarrafamento. Era o que faltava para dar por concluído o oitavo fascículo do nosso coleccionável Rotas do Vinho, sobre a região de Setúbal. Havia uma boa explicação para um telefonema tão madrugador: “Bom dia, Vanda Marques. Estou na China, com acesso muito restrito a email. Posso ligar-lhe para responder?” O enólogo participa em dezenas de provas de vinhos em todo o mundo e como é gerente da Adega de Pegões vai a várias feiras, como aquela em que estava no dia 8, em Hong Kong. Dali seguia para Xangai, depois Manila – nas Filipinas adoram o vinho da região – e antes já tinha participado noutra prova em Toronto, no Canadá. Respondeu a todas as dúvidas e até tinha uma novidade: mais um prémio para a sua colecção – Best Portuguese Wine para a Adega de Pegões.