TV Guia

POBRE RITA PEREIRA

- POR PAULO ABREU CHEFE DE REDACÇÃO

1. Imagine o seguinte, caro leitor: que é convidado para um casamento, um baptizado ou até uma festa de um amigo e, nesse evento, alguém o trata mal. Ora com palavras, ora com atitudes. Pois bem, vem isto a propósito da apresentaç­ão da nova novela da TVI, A Herdeira. Interrogad­a pelos jornalista­s, acerca da trama, cujas gravações já arrancaram, e da sua personagem, Rita Pereira, de 35 anos, disse, com cara de poucos amigos, que não sabia que papel tinha em mãos, e que história era aquela, pois tinha sabido

deste trabalho 48 horas antes. “Só sei que é uma cigana. Fui avisada há dois dias... e apanhada de surpresa.” Rita Pereira, uma das actrizes mais medianas da sua geração, que saltou para a ribalta pelo seu namoro com o malogrado Angélico Vieira, que só sobrevive neste meio porque se sabe vender nas redes sociais – com ou sem roupa – e porque há sempre alguém disponível para a ajudar a promover sapatos ou cosméticos aos quais dá a cara, optou por um caminho. Mau, diga-se, ao nível do seu talento para representa­r. A TVI, que lhe paga um chorudo ordenado, não merece gente assim, gente que ponha em causa uma estratégia vencedora, gente pouco humilde e que parece andar a fazer fretes. Acredito que, num futuro próximo, já com a Altice como dona da estação de Queluz de Baixo e muito provavelme­nte com José Eduardo Moniz no lugar de Bruno Santos – um director-geral sem carisma e sem pulso –, as coisas venham a mudar. É que este circo tem de ter limites. Aliás, as palavras do consultor para a ficção sobre Rita foram bem claras. “Ela soube quando tinha de saber.”

2. Eduardo Madeira também não tem limites. Agora despiu-se e nadou no rio Tejo, perto do Castelo de Almourol, para pagar uma promessa, relacionad­a com a vitória de Salvador na Eurovisão. A TVI registou esse feito, chegando a enviar uma equipa de reportagem ao local, e passou-o no Você na TV!, com direito a uma entrevista ao artista nu, só com uma toalha a tapar o sexo. No final, Cristina Ferreira ria-se que nem uma perdida. Pois, claro, afinal, tínhamos acabado de viver um momento histórico de televisão...

 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal