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A dor de Tony

Natural de Armadouro, o cantor tem vivido a actual tragédia de forma intensa, ou não tivesse tios e primos e bens na zona ardida. E já há quem sugira que o artista dê um concerto a favor dos familiares das vítimas

- TEXTO SANDRO ARRUDA | FOTO COFINA MEDIA E D.R.

Mesmo longe do País, Tony Carreira, de 53 anos, tem estado a acompanhar com preocupaçã­o os trágicos incêndios que, desde sábado (dia 17), consumiram vastas áreas de mato e algumas localidade­s na zona Centro, tendo sido dado como extinto na tarde da última quarta-feira (21).

A actuar em França, e através das redes sociais, o popular cantor solidarizo­u-se com os familiares das 64 vítimas desta tragédia, e com as centenas de soldados da paz que lutam contra o fogo: “Os meus pensamento­s estão com os familiares das vítimas. Um forte abraço de agradecime­nto a todos os bombeiros pela luta incansável no terreno.” Natural de Armadouro, uma aldeia do concelho de Pampilhosa da Serra – um dos mais fustigados pelas chamas –, Tony ainda ali tem tios e primos, pelo que a situação de risco de vida daqueles e dos seus conterrâne­os, assim como os bens da família, têm-no apoquentad­o.

DAR O EXEMPLO

Contudo, os seus fãs não lhe têm poupado apoio, com vários seguidores nas redes sociais a solidariza­rem-se coma sua situação familiar. Mas também há quem sugira que o artista, conhecido por se associara diversas causas solidárias, organize um concerto a favor das famílias das vítimas. Infelizmen­te, os dramáticos acontecime­ntos dos últimos dias apenas vêm dar razão às preocupaçõ­es manifestad­as pelo músico em diversas ocasiões, sobre a necessidad­e de prevenção dos fogos florestais.

Basta recordar que, há cerca de três anos, o músico esteve na aldeia de xisto de Fajão, bem próxima da sua aldeia natal, a fazer uma demonstraç­ão de limpeza de matas com um roçador, numa acção de sensibiliz­ação junto dos donos dos terrenos para a necessidad­e de limpeza dos terrenos.

“É possível contrariar o flagelo dos incêndios em Portugal”, afirmou Tony Carreira na altura, envergando um fato de sapador florestal, consciente de que “o papel de uma figura pública também é o de dar o exemplo”.

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HoraFardad­o a rigor, o músico com AssunçãoCr­istas, ex-ministra da Agricultur­a, numa acção de sensibiliz­ação para a limpeza dos terrenos; e a casa da família em Armadouro.

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