Cancro fatal
A concorrente sofre com a ausência da progenitora, que morreu vítima de uma sequência de dois tumores, primeiro na mama, depois no intestino. É a ela a quem dedica esta participação
Tem 24 anos e cedo se apaixonou pelo mundo da música e do espectáculo. Raquel Ribeiro, que actualmente vive em Guimarães, decidiu inscrever-se no The Voice Portugal essencialmente por curiosidade. “É uma grande experiência. Sempre quis perceber como é que funcionava o mundo da televisão e tudo o que acontece por detrás das câmaras.
Além disso, queria mostrar ao mundo aquilo que faço e do que sou capaz”, afirma.
Um desafio que decidiu agarrar e arriscar um ano depois de ter perdido uma das pessoas mais importantes da sua vida: a mãe. Vítima de dois cancros, primeiro na mama e depois no intestino, a progenitora da concorrente não conseguiu resistir aos males dos tumores. “Tem sido um ano imprevisível. Gostava muito que ela estivesse cá presencialmente. Claro que é angustiante, é inevitável que não seja, mas ao mesmo tempo dá-me muita força e foi um grande contributo para que tivesse coragem para me inscrever no programa.”
Surpreendida pela vida, é no trabalho que Raquel se tem refugiado: “Sempre fui assim. Adoro trabalhar e chego a ter vários projectos em simultâneo. Esta foi uma forma que também arranjei de me distrair e de me focar noutras coisas depois do que aconteceu.”
Esta tragédia fez com que se mudasse do Porto, “onde vivia com uns amigos”, para Guimarães, onde “vive com o pai”. Se conseguir chegar à final do programa da RTP1, a concorrente “gostava de dedicar a vitória à minha mãe mas não só”. “Também a toda a minha família e amigos que me apoiam e têm sido incansáveis.”