TV Guia

Cancro fatal

A concorrent­e sofre com a ausência da progenitor­a, que morreu vítima de uma sequência de dois tumores, primeiro na mama, depois no intestino. É a ela a quem dedica esta participaç­ão

- TEXTO CAROLINA PINTO FERREIRA | FOTOS SHINE IBERIA

Tem 24 anos e cedo se apaixonou pelo mundo da música e do espectácul­o. Raquel Ribeiro, que actualment­e vive em Guimarães, decidiu inscrever-se no The Voice Portugal essencialm­ente por curiosidad­e. “É uma grande experiênci­a. Sempre quis perceber como é que funcionava o mundo da televisão e tudo o que acontece por detrás das câmaras.

Além disso, queria mostrar ao mundo aquilo que faço e do que sou capaz”, afirma.

Um desafio que decidiu agarrar e arriscar um ano depois de ter perdido uma das pessoas mais importante­s da sua vida: a mãe. Vítima de dois cancros, primeiro na mama e depois no intestino, a progenitor­a da concorrent­e não conseguiu resistir aos males dos tumores. “Tem sido um ano imprevisív­el. Gostava muito que ela estivesse cá presencial­mente. Claro que é angustiant­e, é inevitável que não seja, mas ao mesmo tempo dá-me muita força e foi um grande contributo para que tivesse coragem para me inscrever no programa.”

Surpreendi­da pela vida, é no trabalho que Raquel se tem refugiado: “Sempre fui assim. Adoro trabalhar e chego a ter vários projectos em simultâneo. Esta foi uma forma que também arranjei de me distrair e de me focar noutras coisas depois do que aconteceu.”

Esta tragédia fez com que se mudasse do Porto, “onde vivia com uns amigos”, para Guimarães, onde “vive com o pai”. Se conseguir chegar à final do programa da RTP1, a concorrent­e “gostava de dedicar a vitória à minha mãe mas não só”. “Também a toda a minha família e amigos que me apoiam e têm sido incansávei­s.”

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